sexta-feira, 22 de agosto de 2008

INEDITISMO E EXPERIMENTAÇÃO DÃO O TOM DA PRIMEIRA BIENAL INTERNACIONAL DE GRAFITE DE BELO HORIZONTE

Promover discussões, refletir sobre o espaço da arte na contemporaneidade e formar novos talentos. Esses são alguns dos motes da I Bienal Internacional de Grafite de Belo Horizonte (BIG – BH), que acontecerá entre os dias 30 de Agosto e 07 de Setembro, na Serraria Souza Pinto. Coordenada pelo artista plástico Rui Santana, a bienal, única do gênero no mundo, traz em sua programação seminários, workshops, exposições e intervenções urbanas.

Com atrações vindas dos quatro cantos do mundo, que incluem países como Inglaterra, Holanda, Japão, Alemanha, Chile, Porto Rico e Estados Unidos, o evento mostrará o que vem sendo produzido nos cenários nacional e mundial do grafite, através de exposições e discussões de temas relacionados à área, como criatividade, identidade e cidadania.

Para a realização da I BIG – BH, a Serraria Souza Pinto irá se transformar em uma grande galeria, com desenhos, pinturas, stencils e stickers. Para o coordenador Rui Santana, “Belo Horizonte é propícia para abrigar um evento desse porte, pois a cidade vem se construindo culturalmente e é uma grande geradora de talentos. Nas artes plásticas temos uma grande tradição, e a cena do grafite - que é fortíssima na capital - cresce em ética e estética com diversos projetos, sendo que grande parte deles beneficiam comunidades”, completa Santana.

EXPOSIÇÕES:

Ao todo, serão quatro exposições:
1. Diálogos - Pretende incentivar o diálogo entre artistas plásticos com formação acadêmica e grafiteiros com uma trajetória de aprendizado ligado ao universo da rua.

2. Trajetória do grafite no Brasil das ruas até o acervo do Museu Histórico Abílio Barreto - Tem como objetivo fornecer ao espectador uma ampla visão da história do grafite no Brasil, dos primeiros registros até os dias atuais. Além de obras em grafite, esta exposição abrigará uma mostra de fotografias e vídeos relativos ao tema.
3. A Grande Arte - Exposição com grafiteiros do Brasil e do mundo com trabalhos que expressem a importância do grafite como arte contemporânea.

4. Arte de rua – Objetos e derivações – Trazer para o universo da galeria, artistas com um trabalho sistemático, que usam a rua como sua principal matéria.

SEMINÁRIOS

Proporcionar a educação nas artes e, através dela, possibilitar aos cidadãos ferramentas para que eles possam olhar criticamente o que vêem e escutam. Com essa tônica, os seminários irão levantar questionamentos inerentes ao mundo das artes, como, por exemplo, a preferência por iniciativas individuais em detrimento daquelas de cunho coletivo.

Durante a I BIG-BH serão realizados cinco seminários:

1. O Novo Muralismo e suas abordagens históricas
Data: 1º de setembro – 16h00
Conferencistas: Vera Casanova – BH
Charbelly Estrella – RJ
Saulo di Tarso – SP

2. Criatividade, grafite e cidadania
Data: 02 de setembro – 16h00
Conferencistas: José Márcio Barros – BH
Roberto Carlos Madalena – BH
José Marcius - Projeto Guernica - BH


3. Grafite, design, publicidade e arquitetura
Data: 03 de setembro – 16h00
Conferencistas: Flávio Negrão – BH
Eduardo Braga – BH
Edmundo Bravo (Didi) - BH
Leonardo Tavares (Leo Lobinho) - BH


4. Grafite como identidade do século XX e XXI
Data: 04 de setembro – 16h00
Conferencistas: Julia Portes – BH
Juarez Dayrell – BH
José Coelho de Andrade Albino - BH

5. Vandalismo, arte marginal ou nova estética?
Data: 05 de setembro – 16h00
Conferencistas: Sônia Assis – BH
Elisa Campos – BH
Bernardo Matta Machado – BH
Walter Tada Nomura (Tinho) - SP

ATELIÊS ABERTOS

Com curadoria do professor de arte Geraldir Bernardino e do grafiteiro Nadu Soares, os ateliês abertos irão devolver às ruas aquilo que lhe é de direito. Mais de 300 artistas, selecionados através de edital, e também alguns convidados irão se reunir para, em conjunto, realizar intervenções na cidade de Belo Horizonte. E como o grafite faz parte também de uma cultura maior que é a do Hip Hop, outros pilares - djs, rap, mc´s e dança de rua – também participarão da intervenção.

PROGRAMAÇÃO CULTURAL
O cenário do grafite é feito de cores, luzes e, principalmente, sons. Os “barulhos” da cidade se misturam aos ícones urbanos, de forma a expressar as pequenas revoluções que a sociedade enfrenta a cada dia. “A trilha sonora desse espaço-tempo se volta para o fugaz, o experimental, e expõe crônicas dos vários mundos e vidas que coexistem na cidade.” afirma a curadora de música Áurea Carolina Freitas. A música, nesse contexto, surge como meio de manifestação, diversão, encontro e expressão coletiva.

Uma das propostas da I Bienal Internacional de Grafite é unir grafite e música, promovendo um encontro entre linguagens distintas que, juntas, proporcionam uma nova percepção do ambiente. Foram convidados artistas independentes da Grande Belo Horizonte que, à sua maneira, dialogam com o universo urbano atual. Na mistura, estilos como rap, ragga, breakbeat, drum’n’bass e dub se juntam em intercâmbios sonoros. Assim como na rua, a paisagem se (con)funde em tradições e pós-modernidade.

Na programação, a música aparece em apresentações de grupos e performances de DJs e VJs, abrindo espaço para dança, improvisações e participação direta do público. Na parte da manhã e trade DJs de vários estilos serão os responsáveis pela trilha sonora da exposição, fazendo com que tanto a presença do visitante influencie na sua apresentação, quanto a música na percepção da arte.

Durante a noite, quem comanda a festa é o mestre de cerimônias (MC) MC Monge, que contará também com shows, performances de DJs, VJs e Mcs, todos escolhidos segundo sua relevância no cenário musical, cultural e social belo-horizontino. A programação apresenta um leque variado, indo do Samba de Aline Calixto ao Funk do Quarteirão do Soul, passando pelo duelo de Mcs que, numa edição especial, atravessa a rua e se transfere para a Serraria.

O Duelo, que comemora um ano na ocasião, terá uma programação especial para a data. Serão 16 mestres de cerimônias, sendo oito convidados e oito inscritos no evento que participarão das disputas divididas em eliminatórias, semifinal e final. Nessas etapas, cada dupla de MC ataca e se defende dos ataques do adversário em rounds de 45 segundos. Caberá ao público presente escolher os vencedores através de gritos e salvas de palmas. Ao lado das pelejas improvisadas, o Duelo abre espaço para shows de Hip Hop, com o pocjet show os MC’s da Família de Rua, grupo responsável pelo projeto. Ozléo, Castilho, Monge, PDR, Digô e alguns convidados se revezam nos microfones.

Programação:
30/08 | sábado
tarde: DJ Rub
20h: Maria Bragança
21h: Renegado (rap / pocket show)
22h: Aline Calixto (samba)
intervenções: DJ Spider / VJ Natan

31/08 | domingo
manhã Danny
tarde DJ Alex C
18h: Titios do Samba (samba)
20h: Julgamento (rap)
intervenções: : DJ Yuga / VJ Gton

01/09 | segunda
manhã: FMX
tarde DJ Corisco
20h30: Negras Ativas
22h: Banca Nós Pega e Faz (rap)

02/09 | terça
manhã DJ Lelé
tarde DJ WLY
20h30: Coletivo Dinamite (funk / rap)
22h: DejaVuh (rap) - part. APR

03/09 | quarta
manhã: Gabee
tarde: DJ Juninho (Bum Bep)
20h30: Retrato Radical (rap)
22h: Quarteirão do Soul

04/09 | quinta
manhã: Eazy-CDA
tarde: Eletrotauro
20h30: Casa B (rap)
22h: LealSoundSystem
intervenções: : VJ Natan

05/09 | sexta
manhã: Clebin
tarde Andisturbed CDJ
20h30: Duelo de MC’s (hip hop)
23h: Black Sonora (soul / latino / rap)
intervenções: : VJ Gton

06/09 | sábado
manhã D'Lui
tarde Gurila Mangani
21h: Manolos Funk (funk / rock / pop)
22h30: Júlia Ribas e DJ Renatito (ragga / dub)
intervenções: : DJ Fausto / VJ Natan

07/09 | domingo
manhã DJ Edd VSD
tarde Cézar Machado
18h: E2 (rap)
20h: U-Gueto (soul / funk)
intervenções: DJ Alex C / VJ Gton

Quem são eles

Grafiteiros:

ACME: É ativista da arte urbana, autodidata e graffiteiro nascido na comunidade do Pavão Pavãozinho. Em 1997 começou a graffitar, desde então, realizou diversos trabalhos comerciais nas áreas de pintura com spray e desenho, para empresas e particulares, além de intervenções urbanas, performances em eventos culturais e exposições. Já fez uma participação ao vivo no show Racionais MC’S, grafitando no Rio RAP Festival, na Fundição Progresso. Também trabalha como chargista e participou do Encontro Mundial de Graffiti na Europa (EUROGRAFF), ficando em segundo lugar representando o Brasil pelo projeto geração HIP HOP do SESC RJ (em Paris). Ainda na França, realizou uma Exposição individual no Teatro de Arena Shatoowallon.
http://www.flickr.com.br/photos/acmedv

Anarkia: Panmela Castro, “Anarkia” estudou na Escola de Belas Artes da UFRJ mas escapou da formula acadêmica quando começou a fazer graffiti de forma intensa e apaixonada, sendo os muros hoje seu principal suporte. Seu trabalho é baseado no estimulo à reflexão da potência que o graffiti tem em seu ambiente natural: a rua. Se destaca pela liderança que exerce no movimento feminista e pela respeitabilidade do trabalho diante da produção nacional.
www.anarkiaboladona.com

Anjo: Alexandre "Anjo" (27), teve seu primeiro contato com a arte de rua, em 1997, na cidade de Santo André, interior de São Paulo. Sempre em evolução, seus trabalhos carregam, com suaves linhas e cores fortes, a relação do ser humano com a natureza, com uma dose de sensualidade.
http://www.fotolog.com/anjotk

Binho Barreto: Binho Barreto nasceu em Belo Horizonte, mas vive e trabalha em São Paulo, atualmente desenvolve trabalhos em diversas áreas do campo visual como: desenho, pintura, gravura (serigrafia e metal), graffiti, animação e arte digital
http://www.binhobarreto.net

BR: Bruno "BR" Bogossian, carioca de 32 anos, é ilustrador, designer, artista plástico e graffitiiro. Um dos cabeças da Flesh Beck Crew, grupo responsável pelo “bum” do graffiti no Rio, foi quem criou a inconfundível linguagem da crew. Fora das ruas, empresta sua arte pra campanhas publicitárias, eventos, multinacionais e marcas de roupas de renome, além de participar de diversas exposições no circuito das artes plásticas.
http://www.fotolog.com/fleshbeckcrew

DMS: Em meados de 1998, Davi de Melo Santos o DMS, encontrou nas ruas um novo significado para sua vida. Após participar de uma oficina de artes em seu colégio, partiu da cartolina para os muros. Desde então vem sendo referência na arte de rua mineira, sempre em parceria com Dalata, Hyper, Mts e outros amigos que fazem parte de sua trajetória.
http://www.fotolog.com/dms163

Dninja: Dninja é uma junção de seu primeiro nome (Denise) e ninja, já que é uma fã de filmes de lutas orientais. Trabalha com oficinas para adolescentes e na organização de eventos relacionados ao graffiti. Seu estilo preferido é o Wild Style, mas também faz alguns personagens com características únicas que os tornam engraçados; chamados “bichos coisa”.
http://www.myspace.com/bichocoisa

Does: Com 18 anos dedicados a arte Does trabalha o Wild Style com altíssimo grau de complexidade e ilegibilidade da escrita, provocada pelo embaralhamento das letras comum ao estilo. Does reúne influencias variadas como elementos indígenas, arquitetura gótica, caligrafia árabe utilizada nas pontas das letras e formas tribais, que mescladas apresentam esta composição labiríntica de suas obras.
www.flickr.com/photos/doeshdv

Dalata: Autodidata, Dalata tomou gosto pela arte logo cedo, sempre desenhando e rabiscando alguma coisa, ele aproveitava seu tempo em esboços artísticos que fizeram com que brotasse o interesse pela cultura. No início dos anos 90, atuou como pintor de camisas e bonés. Seu ingresso no graffiti se deu há mais de 10 anos, época em que o artista começou a atuar nas ruas da cidade. Segundo Dalata na rua tudo pode acontecer, principalmente a difusão da arte. Atualmente, Dalata ministra aulas de desenho, pintura e graffiti, além de produzir ilustrações.
http://www.fotolog.com/dalata

ECO: Grafiteiro desde 1993, é um dos pioneiros do Graffiti no Rio de Janeiro. Trabalhou como diretor da ONG ASACC (Associação Solidária para Arte, Cultura e Cidadania), apadrinhado pelo ex-integrante da Banda O RAPPA, Marcelo Yuka (missão ASACC arte e cultura). Hoje integra a ONG Comunidade S8 (Missão Dependência Química). Atualmente, trabalha pela Prefeitura de Macaé na Fundação de Cultura e pela Prefeitura do Rio desenvolvendo o graffiti na cidade e representando a cidade pelos estados do Brasil. Atua também como design, web máster e cenógrafo. O artistas já trabalhou em diversas frentes como no Clipe do MV BILL & Caetano Veloso – Língua de Tamanduá, no Estádio Olímpico João Havelange, no Pan-Americano do Rio de Janeiro, em 2007 e ainda ensinou técnicas do graffiti para membros da equipe do Cirque Du Soleil, em 2008.
http://www.marceloeco.org

Frank: O Cearense Frank tem como objetivo realizar obras artísticas, ministrar cursos e oficinas em beneficio social e cultural para jovens carentes de todo o pais, aplicando a técnica de graffiti e aerografia. Com obras realizadas na região do Cariri, Salvador, Recife, interior da Bahia, Pernambuco e São Paulo foca seu trabalho no caráter social da cultura popular nordestina
www.fotolog.com/otmcrewce

Galo de Souza: Com formação em Artes visuais, Arte-Educação, Graffiti, Produção Musical, Economia comunitária e formação de redes o multifacetado Galo é uma referência no graffiti Recifense. Além de trabalhos espalhados por todo o Brasil e interior nordestino já expôs e deu oficinas em paises como a Áustria, Alemanha e Suécia.
www.galodesouza.blogspot.com

Graphis: Em 1998, Graphis iniciou sua carreira e desde então vem desenvolvendo sua técnica e conquistando o seu espaço. Ajudou a Coordenar um grupo de grafiteiros em 3 ações chamada “Hip Hop Urra!” onde pintaram o muro do extinto Carandirú, além de ter trabalhado para empresas e eventos como Nestlé, Gerdau, Rede Globo, Skol Hip Rock e Casa Cor.
www.myspace.com/graphis_

GUD: Há 11 anos, Marcelo o GUD, descobriu o graffiti. Mesmo sem seguir uma linha específica acabou se dedicando mais às figuras humanas, devido a facilidade de identificação das pessoas com o seu trabalho. Realista, procura abordar temas referentes ao efeito colateral causado pelo sistema nas pessoas. Pioneiro quando o assunto é a transformação do graffiti em artigo cultural, possui obra no Museu Histórico Abílio Barreto e também ilustra cartões postais de Belo Horizonte.
www.fotolog.com/marcelo_gud

Hyper: Em março de 97, o artista começou pintando sozinho o graffiti na rua, influenciado pela pintura de colegas de bairro que desenvolviam esse trabalho. Com mais de uma década de experiência, o autodidata Hyper tem uma técnica peculiar para pintar. Ele venceu o 1o concurso de Graffiti do projeto Guernica, além de expor e participar de eventos como o FAN e o Encontro Nacional do Hip Hop, realizado em Goiânia.
http://www.fotolog.com/a51hyper

Kraski: O holandês Karski é conhecido pela qualidade e pela sua ampla variedade de trabalho. É dono de uma das grandes empresas que trabalham com graffiti no mundo, a “Mooiemuur.nl” (muro bonito). Além disso, trabalhou para empresas como Levi’s e Nike e já grafitou em várias cidades ao redor do mundo, dentre elas Nova York, Barcelona, Londres, Rio e São Paulo.
www.mooiemuur.nl

Lee27: Representante da Old School baiana, no graffiti desde 1993, Lee 27 se destaca no graffiti brasileiro pela sua identidade que é voltada para a cultura afro-baiana religiosa. Com elementos em suas letras e personagens que remetem aos Orixás. Fundador da Ocla N Crew, participa ativamente da militância no movimento hip hop baiano.
http://www.fotolog.com/lee27

Nado Soares: Integrante da ONG Reciclar T Três, precursor do graffiti na região metropolitana de Belo Hoirzonte, Nado já obteve reconhecimento internacional pela sua participação na Expo 2000 na Alemanha e pelos trabalhos vendidos em Amsterdam. O artista, que é natural de Mateus Leme e pai de 4 filhos, tem orgulho de se intitular auto-didata e garante que o graffiti é uma técnica que só se aprende com a prática. Atualmente, trabalha como professor do Arena da Cultura e desenvolve vários projetos de graffiti.

Prisco: Porto-riquenho, Prisco é autodidata e há 34 anos se dedica à arte do graffiti. Através de seus trabalhos, ganhou notoriedade e respeito entre os mais proeminentes graffitiiros do mundo. Fez parte de diversas publicações e eventos, viajando para países como Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Espanha, entre outros.
http://www.myspace.com/priscomtr

Saile: O chileno Saile é desenhista industrial e ilustrador e trabalha com graffiti desde 1999. Já participou de vários eventos, mostras e atividades relacionadas ao graffiti, sendo a última um tour pela América do Sul. Entre os meses de Fevereiro e Junho, passou por cidades como Montividéo, São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Lima.
http://www.flickr.com/photos/saile

Tinho: Graduado em Educação Artística, ganhou prêmios e participou de várias exposições em instituições importantes no Brasil e no exterior, como o Centro Cultural São Paulo, além dos preparativos para a Copa do Mundo de Futebol do ano de 2006, em Berlim. Atualmente faz parte de uma exposição coletiva em Londres, na Embaixada Brasileira e uma exposição solo na galeria O Contemporary, em Londres – UK.
http://www.flickr.com/photos/tinho_nomura

Tikka Meszaros: Faz graffiti desde 2002, desenvolveu um estilo inspirando principalmente em temas lúdicos. Tikka participou de exposições e trabalhos no Brasil e no exterior, como na Carmichael Gallery (LA), Toy Lounge, Ellus, Credicard, casa dos criadores e Fashion Week (RJ e SP).
www.flickr.com/tikka_noturnas

TOZ: Integrante do grupo Flesh Beck Crew o designer por formação Tomaz Viana ganhou o mundo participando de mostras coletivas com artistas de peso. Há mais de 10 anos trabalhando com o graffiti, sua maior influência é a família, que tem muitas mulheres. Desenhos animados, humor de quadrinistas como Angeli e Glauco, psicodelia dos anos 60, cinema e skate também aparecem no seu trabalho.
http://www.fotolog.com/fleshbeckcrew

Trampo: Luis Flavio “Trampo” começou a andar de skate, fazer fanzines e grafitar nos anos 80 em POA. De lá pra cá ele se especializou no graffiti e, nos últimos anos, também em pôsteres. Depois de participar de muitos festivais e encontros de graffiti, ministrar oficinas (atividade que exerce desde 1994, principalmente em comunidades carentes) e colocar muita arte na rua, de norte a sul do país, o nome “Trampo” já é uma referência na arte de rua.
http://www.fotolog.com/minuto

Curadores:

Rui Santana: Psicólogo por formação e artista plástico por opção, Santana é o coordenador de Artes Plásticas, do Projeto Arena da Cultura, da Fundação Municipal de Cultura. Em 2008, coordenou o Projeto de Graffiti, “Muros do Jardim Teresópolis”, que propôs uma formação artística ética e estética para jovens da comunidade local. Rui é professor de Design da Universidade Fumec, onde há cinco anos idealizou e coordena o Projeto “Muro Efêmero”, uma espécie de maratona de Graffiti. Santana também realizou a curadoria do projeto “Horizonte do Graffiti”, que apresentou trabalhos em Paris e foi o 1º acervo de Graffiti incorporado pelo Museu Historio Abílio Barreto de Belo Horizonte. Como artista plástico, Rui recebeu o prêmio da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) de Ecologia, na premiação “Design Brasil”, promovida pela revista “Cult” (1997-1998). Antes, em 1985 conquistou no Salão Pirelli, o Prêmio Aquisição, no MASP, em São Paulo. Já em 88, no IV Salão de Aeronáutica, também assegurou o 1º Prêmio, num evento no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte. Além disso, Rui Santana já realizou dezenas de exposições individuais e coletivas em diversas capitais nacionais e internacionais como: Paris, Buenos Aires, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília, Santiago, Montevidéu, entre outras. O artista já assinou cenários para a TV Bandeirantes e Rede Minas e tem obras em acervos como: Museu Histórico Abílio Barreto, Belo Horizonte; Museu da Casa Brasileira, São Paulo; Museu de Arte Primitiva, em Assis – SP; Fundação Pirelli, São Paulo, Fundação Clóvis Salgado, Belo Horizonte; Instituto Cultural Itaú, São Paulo; Pinacoteca da Varig, São Paulo; Pinacoteca da Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória – ES e Pinacoteca da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa – MG. Rui Santana é o idealizador e coordenador desta Bienal de Graffiti, que é inédita no Mundo. http://www.arteruisantana.com/


Binho Ribeiro: Nome em destaque na street art mundial e um dos pioneiros no Brasil e América Latina. O artista já esteve trabalhando em: Buenos Aires, Nagoya, Tókyo, além de quase todos os estados brasileiros. Seu estilo arrojado já ilustrou as embalagens de Nescau, campanhas publicitárias do Ford, Brasil Telecom, Motorola, Nike, Skol, Colorgin, entre outras. Binho é membro da Frente Nacional de Hip Hop e Comissão Estadual de Hip Hop. Curador de eventos como: Basement, Hutuz, Mural Tietê, 30hs CPTM, Olhar nascente (túnel Av. Paulista), 1ºBienal Internacional de Grafite em Belo Horizonte (2008). O artista também já participou de exposições em diversos lugares como no Memorial da América Latina (2006), Caixa Econômica (Rio 2007). Outro destaque de seu currículo foram as cenografias de filmes como: 5 Poison (Japão 2000), O bicho de 7 cabeças (2001), O Magnata (2006), Antonia (2006). Editor da revista “GRAFFITI” pela editora Escala desde 2001. Dentre suas peculiaridades vibra a paixão pelo skate e o universo empresarial, pois Binho comanda a grife a “3º Mundo”. Na 1ª Bienal Internacional de Grafite de Belo Horizonte, Binho assina a curadoria da exposição “A Grande Arte”.
http://www.myspace.com/binhone

Tereza Portes: Premiada artista plástica, com especialização em arte-educação, que já realizou diversas exposições, tanto individuais quanto coletivas. Há 18 anos coordena a Oficina de Artes, escola de arte destinada a crianças e adolescentes que funciona dentro de seu próprio atelier, onde também desenvolve sua pintura. Coordena o Instituto Oboé, ONG que se dedica ao desenvolvimento humano através da arte. Thereza assina a curadoria da exposição “Diálogos Híbridos”, da Bienal. http://www.therezaportes.com.br/

Piero Bagnariol: Quadrinista e arte-educador, o italiano Piero Bagnariol mudou-se para o Brasil em 1992 e é um dos editores da revista Graffiti 76% quadrinhos. Co-autor do livro Guia Ilustrado de Graffiti e Quadrinhos, atua também como grafiteiro e integra a crew Rupestre de arte urbana. Realizou o layout da exposição do 1o e 2o Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte e foi curador das exposições Juventude e Lei e Liberdade, pelo Programa Fica Vivo! Além disso, na I Bienal de Grafite, Piero é o responsável pelo “Módulo Histórico”, que reconta a trajetória do Graffiti.
http://www.graffiti76.com

Sara Carvalho Martinho: formada em Design de Produto e pós-graduanda em Artes Plástica, participou de trabalhos como o programa Árvore da Vida, Cowparade, além da ilustração da 13ª edição da Revista Brasil, todos desenvolvidos junto à comunidade Jardim Teresópolis. Foi também participante do Projeto Rondon, em Assis Brasil – Acre, produtora e coordenadora da I Maratona de Grafite da FUMEC e professora de criatividade no projeto Desenhe a cultura Brasileira.

Geraldir Bernardino: artista plástico e pós-granduando em Educação Profissional e Tecnológica Inclusiva, trabalha em oficinas de artes e também com criação de imagens para a aplicação em publicidade. É orientador do Atelier de Grafite, no Programa Arena da Cultura, atuou no projeto Árvore da Vida, ministrou mini-curso no III Seminário Internacional -Sociedade Inclusiva, além de ter sido membro do Comitê Mineiro - Very Special Arts do Brasil - Arte sem Barreiras.

Diálogos Híbridos

André Burian: Fotógrafo e pintor Participou de inúmeras exposições coletivas como foto 90 no MAM Rio (2007), O Corpo na Arte Contemporânea Brasileira no Instituto Cultural Itaú, São Paulo (2005), Novas Aquisições Gilberto Chateaubriand, MAM Rio (2004), VI Bienal Internacional de Cuenca no Equador (1998), Antárctica Artes com a Folha, Pinacoteca do Parque, São Paulo (1996). Também realizou várias individuais na Quadrum Galeria de Arte (2002), na Grande Galeria, Palácio das Artes, Belo Horizonte (2000) , no Museu de Arte Contemporânea de Goiás (1999) e no Centro Nacional de Cultura, Lisboa, Portugal. Recebeu vários prêmios, entre eles aquisição no XIV Salão da Funarte (1994), primeiro prêmio da V Bienal de Santos (1995), prêmio aquisição/exposição do 26º Salão Nacional de Belo Horizonte. Sua fotografia é representada internacionalmente pela Agência Corbis.

Coletivo Xepa: Fundado e dirigido por Marcelino Peixoto, artista plástico e profesor, graduado em Pintura pela Escola de Belas Artes da UFMG, Mestre em Artes Visuais pela mesma Universidade, vive e trabalha em Belo Horizonte, Brasil) e Viviane Gandra, artista plástica e gráfica, graduada em Desenho pela Escola de Belas Artes da UFMG, vive e trabalha em Belo Horizonte, Brasil e Unquillo, na Argentina). O Coletivo Xepa atua desde 2005, tendo como foco principal ações e intervenções em espaços e formatos variados. O Coletivo Xepa se propõe a promover, através do advento do não-sentido (ou dos ‘sintomas’ do sentido), a expansão do conceito de arte para além de seus limites materiais, simbólicos e espaciais. Para tanto, evoca as imagens do desvio, procedimento que se verifica (ocorre) sempre na carne sensível do mundo, ainda que para provocar sua ruína.

Fernando Pacheco: O artista plástico já realizou dezenas de exposições individuais e coletivas, em capitais brasileiras e noutros países. Já mostrou seus trabalhos para gringos dos Estados Unidos e Japão. Pacheco também coleciona alguns prêmios como Destaque em Arte Contemporânea e Pintura, do Jornal Horizonte; Prêmio em Pintura – Universidarte; Prêmio Nascentes Artes Plásticas.; Prêmio em Pintura. Salão de Governador Valadares/MG; Prêmio Criarte – Destaques das Artes Plásticas Mineiras. Ainda recebeu premiações no VII Concurso Anual de Artes Plásticas de Montes Claros/MG, no 2º Salão de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado e no 1º Salão de Artes Plásticas da Aeronáutica.

Isaura Pena: Vive e trabalha em Belo Horizonte. Graduada em Desenho pela Escola de Belas Artes da UFMG. Professora de Desenho da Escola Guignard – UEMG. Realizou diversas exposições individuais em vários estados brasileiros. Tem participação importante em coletivas e salões de arte por todo o Brasil e no exterior, sendo premiada, entre outros no XIX Salão de Arte de Belo Horizonte em 1987, no VII Salão Nacional da Funarte no Rio de Janeiro em 1985 e em 1988, e no 45O Salão Paranaense, Curitiba, em 1988.

Leo Brizola: Cursou Artes Plásticas pela Escola Guignard/ Universidade do Estado de Minas Gerais (1981-1987); cursou Belas Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais (1983-1985). Já realizou diversas exposições individuais e coletivas. No quesito premiação, recebeu Referência Especial no XX Salão Nacional de Arte, Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, em 1998 e venceu o Prêmio Banco do Brasil, Universidade Federal de Minas Gerais, em 1987.

Luiz Henrique Vieira: O artista já participou de 29 Salões de arte, tendo sido premiado em 11 deles. Realizou diversas exposições individuais e coletivas nacionais e internacionais como na Galeria de Arte de La Editora Nacional, em Barcelona, na Espanha em versão solo. Expondo coletivamente, já esteve na "International Print Exhibit", em Taiwan, além de mostrar suas obras em países como Espanha e Canadá.

Marcelo Albuquerque: O artista tem graduação em Belas Artes. Bacharelado em Pintura, Escola de Belas Artes da UFMG e está fazendo uma especialização em História da Arte pela PUC-MG. Já participou de diversas exposições coletivas e individuais. Também foi premiado no projeto Arte no ônibus – 1º. Prêmio. Concurso promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte, BHTRANS e Genial Projetos de Arte. Seu trabalho foi impresso e afixado no interior dos coletivos que circulam na região metropolitana de Belo Horizonte e foi premiado com a obra “Escola Estadual Leopoldo Miranda”, na Mostra do 34º. Festival de Inverno da UFMG em Diamantina.

Sebastião Miguel: Tem Graduação em Artes Plásticas e Especialização em Artes Plásticas. pela Universidade do Estado de Minas Gerais e concluiu Mestrado em Artes Visuais, pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atua em diversas áreas como pintura, desenho, fotografia, novas mídias, Design Gráfico e Teoria da Arte. Realizou diversas exposições individuais e coletivas, o artistas já recebeu premiações como no Prêmio Dia do Aviador, do 1° Salão da Aeronáutica, em Belo Horizonte.

Músicos e VJs:

Aline Calixto: Carioca de nascimento, mas mineira de criação (onde vive desde os 7 anos), a cantora utiliza seus dotes de autodidata e influências de Ataulfo Alves, Clara Nunes e Geraldo Pereira, misturados a novos compositores, para trazer frescor e novidade ao samba. Seus shows incluem clássicos do samba, músicas próprias e obras de jovens compositores garimpados pelo interior de Minas Gerais em pesquisa realizada desde o início de 2007.

Andisturbed: Tendo como influência o Rap Dirty South e Underground, participa de eventos desde os anos 2000. Participou nessa época do grupo Fator-R, um dos principais grupos da primeira década do século XXI.

Black Sonora: A Black Sonora vem com a idéia clara de somar, experimentar e influenciar o meio. A força do som sai do meio artístico para o meio da rua, passando pelo soul, samba-funk, hip hop e outras ramificações da black music, sendo influenciada por Jorge Benjor, Jackson do Pandeiro, Marku Ribas, Tim Maia, Buena Vista Social Club. Com músicos dos mais diversos estilos e variadas influências culturais, já se apresentou em praticamente todos os espaços culturais da capital mineira.

Casa B: Grupo formado em 2005 por Enebeats, Gurila Mangani, GNZ, Ozléo, Mansur, Rato, DMS, Castilho e Memória de Peixe - dentre eles grafiteiros, skatistas, músicos, artistas plásticos e poetas. O projeto começou sem muitas pretensões comerciais, mas devido ao retorno quase que imediato do público, acabou se profissionalizando e organizando para se apresentar em shows da capital.


Cézar Machado: Produtor, compositor, multi-instrumentista e arranjador atua a 10 anos, tendo gravado em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2000 começou a produzir trilhas para curtas e peças de teatro em Belo horizonte. Atualmente produz a equipe de Graffiti RUPS 3: Arte de Rua e dirige um curta em andamento na cidade Santa Luzia sobre o dialogo da juventude da cidade.


Coletivo Dinamite : A proposta do Coletivo Dinamite é, ao mesmo tempo, simples e pretensiosa: reunir seres humanos em favor da música. O nome sugere um agrupamento coeso mas transitório, alguma espécie de formação temporária de elementos humanos e sonoros. Em outras palavras, a formação do coletivo talvez nunca estará totalmente fechada. Os integrantes se somarão ao grupo quando puderem, quiserem, enfim, quando a proposta os convier. Se tentássemos descrever o resultado "musical" desse encontro, talvez pudéssemos dizer que é uma banda de funk com urgência punk, improvisando como jazzistas mas fazendo uso dos elementos da música negra e, obviamente, do rap.


DejaVuh: O grupo DejaVuh surgiu em 1998, na zona oeste de Belo Horizonte (MG), trazendo uma poética sonora sintonizada com a linguagem do rap e outras influências sampleadas e distorcidas. Sua música combina rimas e batidas em busca de possíveis versões do que é visto e vivido no cotidiano, aproveitando fragmentos de encantos e desencantos dos submundos da cidade.

DJ AleX C: DJ e colecionador de discos de vinyl, atua na Original Cultura do hip hop desde 1992, trazendo uma bagagem de clássicos do hip hop, Funk'soul & Grooves. Já foi considerado pela crítica como um dos melhores DJs de hip hop de Belo Horizonte e atualmente é integrante da Funk-se!, festa de Black Music que acontece mensalmente onde só vale discotecar com discos de vinyl.

DJ Corisco: Uma fusão de ritmos, estilos e influências sonoras. É o que propõe o DJ Corisco. Há nove anos na estrada como músico é integrante do grupo de percussão Trovão das Minas, que apresenta uma releitura do Maracatu e da banda Rinoceronte Live Sytem, que viaja pelas infinitas possibilidades da música eletrônica.

DJ Edd: Edivânio José Silveira “DJ Edd”, natural de Mato Verde-MG, desde 1997 simpatizou e ingressou-se no hip hop. De lá pra cá vem trabalhando junto com os demais integrantes do Verdade Seja Dita (VSD) em vários projetos sociais e culturais, nos toca-discos com suas batidas, scracht e colagens, envolventes comanda o ritmo e a harmonia do (VSD).

DJ Fausto: “Começou a discotecar em 1993, quando abriu um sebo de discos, “Bolsa do Disco”. Desde então, discoteca nos principais eventos culturais da cidade e casas noturnas, onde foi residente do Movimento Balanço de 2001 a 2006, além de organizar uma noite dedicada aos discos de vinyl: “Vinylland”, sempre com convidados, a “Noite das Sete Polegadas”, onde discoteca com aqueles disquinhos antigos, os compactos; participa ativamente de várias festas na capital mineira. Seu som é marcado por forte influência de dub, samba soul, funk e hip hop underground.

DJ Spider: Ligado à Cultura hip hop desde 1998, Spider atuou primeiramente como grafiteiro e em pouco tempo passou a se dedicar exclusivamente à música. No ano seguinte ingressou para o grupo de rap DejaVuh, do qual continua fazendo parte. Seu trabalho como produtor teve início em 2001, em um estúdio improvisado em sua própria casa, junto a alguns poucos grupos de rap do lado oeste da cidade.

DJ Wly: Em 1998 Wally deu início a sua carreira de DJ em Belo Horizonte. Começou tocando hip hop e rock porém, em 2001, entrou de cabeça no mundo eletrônico incorporando em seu repertório breaks e principalmente drum'n'bass. Atualmente, dedica-se a fusão de diversos estilos. Seu novo set é recheado de antigas influências hip hop, miami e rock unidas aos clássicos e contemporâneos da música eletrônica.

DJ Yuga: Desde a infância aprendeu a gostar de musica com os discos de seu tio. A influência no estilo que toca também vem dessa época, quando escutava Roberto & Erasmo, Jackson do Pandeiro, João do Vale, Clara Nunes, Gilberto Gil, Jorge Ben, Tim Maia, Demônios da Garoa e Os Velhinhos Transviados. Atualmente o DJ dedica-se à banda Black Sonora que "faz uma espécie de funk com música cubana cheia de groove e suingue". Sempre antenado em "novidades" quanto "raridades", seu set mescla black music com grooves brazuca, côco de roda, maracatu, samba a gosto e uma pitada de música cubana, deixando a pista mais apimentada.

D’Luí: Começou a discotecar no projeto “Expansão Hip hop”, no ano 2000, quando cultura hip hop fervilhava em Belo Horizonte. Possui grande conhecimento musical e cultural dentro do hip hop; Rap; Charm e R&B. Conquistou ao longo destes quase oito anos muito respeito e admiração pelos adeptos e pessoas envolvidas diretamente no na cena local.

E²: A dupla formada por Hertz Bento (Eazy-CDA) e Edgar Bernardo (Ed Mun) pretende estabelecer uma visão crítica sobre algumas questões criticas da sociedade moderna. O E² chama a atenção para a importância do papel que cada cidadão, individualmente e/ou em grupo, tem na formação de uma sociedade.

Eletrotauro: Formado pelos músicos/artistas plásticos Sandro Medeiros, Wilton Vinicios e Poliana Reis é um SER (Sincretismo Eletro Regional) que junta: Samplers Science Eletro Bumba Baião, fazendo a conexão entre letras autorais toadas e muito mais. O universo da cultura popular Brasileira revisto nos desenhos sonoros criados por estes artistas.

Julgamento: Letras engajadas, com foco na valorização humana e explorando temas sócio políticos, somadas às batidas eletrônicas do hip hop e influências musicais diversas são as bases do Julgamento. Em atividade desde o final dos anos 90 o grupo funde mc's, dj's, bateria, baixo e guitarra para resultar em um trabalho consistente e de peso.

Júlia Ribas e DJ Renatito: Júlia Ribas e o DJ Renatito se reúnem para recriar músicas do cd Brasiliando da cantora e de outros artistas brasileiros fundindo mpb e música eletrônica. A mineira Júlia Ribas iniciou sua carreira musical em 1994 e com voz suave e poderosa e uma brasilidade a flor da pele a cantora vem ganhando espaço entre as revelações da MPB. Renato Lealy, também conhecido como DJ Renatito, é produtor musical e criador do LealSoundSystem. O DJ que já fez trabalhos com vários nomes da música mineira, elabora com seus synths e samplers, um som eletroacústico, com fortes influências vindas da Jamaica.

LealSoundSystem: Renato Lealy também conhecido como DJ Renatito, é produtor musical, coreógrafo e criador do sexteto LealSoundSystem, grupo que mistura música eletrônica com as vertentes do reggae e várias sonoridades world music.

Manolos Funk: A banda Manolos Funk, desde 2004, mistura elementos do rock, jazz e funk para mostrar uma forma diferente de fazer música pop. O quarteto atrela diversos tipos de sonoridade com letras em português, que fogem do lugar comum. Com uma temática urbana e muitas vezes metafórica do mundo cotidiano, os Manolos apresentam um trabalho autoral com sonoridade pulsante e letras muitas vezes teatrais.

MC Monge: Atua desde 2003 na cena Hip Hop como MC (Mestre de Cerimônia) e já apresentou diversos eventos de Hip Hop: Duelo de MC's, Ritmo e Poesia, Batendo de Frente (Juiz de Fora), Ritmo e Poesia -1º Concurso de Rap de Juiz de Fora, entre outros. Apresentou também a 5ª Mostra BH Arte Cidadania, realizada pela Prefeitura de Belo Horizonte. Monge é integrante dos grupos de Rap Saga Contínua..., 1ª Dinastia e Duo, e dos grupos culturais Família de Rua, Conspiração Subterrânea Crew e Jotaefe Crew.

Negras Ativas: Negras Ativas é um grupo de mulheres jovens que com estilo ousado e irreverente misturam arte e atitude nas periferias de grande BH. O grupo de RAP Negras Ativas existe desde 2003 e é atualmente formado por Vanessa Beco, Larissa Borges e Lauana Chantal e Tainara Lira. As jovens engajadas no movimento negro e feminista fazem do rap ferramenta de sensibilização da sociedade e superação das opressões. Com letras sobre questões do cotidiano suas músicas são embaladas por uma irresistível levada afro mineira, com influências do samba congado e reggae black music.

Nospegaefaz: Formado em 2005 pelos irmãos THL (Ramon) e Rude, do grupo Sem Meia Verdade, o Nospegaefaz tem como objetivo unificar e fortalecer a cena hip hop local. Com integrantes de 6 grupos de diferentes cantos da capital, o coletivo abre espaço para cada um mostrar seu trabalho independente da vertente que participa.

Quarteirão do Soul: O Quarteirão do Soul acontece desde 2004, em todas as tardes de sábado no quarteirão da Rua Goitacazes entre São Paulo e Curitiba, no centro de Belo Horizonte. Ele surgiu como uma forma de se reencontrarem os amigos que freqüentavam os chamados bailes black no centro da cidade nos anos 70 e que, com o passar dos anos, foram sendo expurgados para a periferia da cidade. Tal manifestação constitui uma forma de resistência, pois os participantes do Quarteirão do Soul se apropriaram do local mesmo sem o aval da Prefeitura e também caracteriza-se pela afirmação da identidade de seus participantes, que se espelham no discurso de igualdade pregado pelo movimento soul representado principalmente pela figura do cantor James Brown, ícone presente em estampas de várias camisetas, que tem seus passos e vestimentas copiados e celebrados por todos os freqüentadores do espaço.

Renegado: Renegado, nascido no Alto Vera Cruz (BH), faz uma mistura de rap com ritmos brasileiros e latino-americanos conseguindo unir a temática do rap feito na periferia e a poesia e o verso da música popular brasileira. Na ativa no meio musical e em movimentos sociais, desde os 13 anos, Renegado está lançando seu primeiro disco solo, "Do Oiapoque a Nova York", produzido por Ganjaman, que já trabalhou com Racionais, Planet Hemp, Otto, Sabotage entre outros.

Retrato Radical: Com quase duas décadas de história, o grupo é um dos mais representativos nomes do Rap produzido em Minas Gerais. Seis anos após a publicação de “O barril explodiu”, de 2002, o grupo vindo da Vila Embaúbas já está em seu terceiro disco, o “Homem Bomba” sempre mostrando seu olhar critico sobre a organização social brasileira – caracterizada pela desigualdade.

Titios do Samba: Fundado no início de 2008, os “Titios do Samba” trabalham com a vertente do samba de raiz, reunindo o resgate de antigos sambas consagrados e composições próprias. Influenciado por grandes artistas do gênero, a banda apresenta em seu repertório releituras de grandes mestres como: Geraldo Pereira, Ataulfo Alves, Paulinho da Viola, Monarco, Originais do Samba, Martinho da Vila, Adoniran Barbosa, Agepe e Cartola, além da alegria e do balanço de composições próprias.

U-Gueto: Filho do músico Domingos do Cavaco, cresceu em um berço musical recheado de muito Samba e MPB. Ligado a movimentos sociais, o músico busca valorizar e difundir a cultura afro-brasileira. É compositor e arranjador de suas próprias músicas que abordam temas como realidade da juventude, periferia e amor. U-Gueto traz influências do samba rock, do funk e da Black music e suas letras estimulam e conscientizam a sociedade.

VJ Natan: Mineiro de Contagem, o design gráfico e vj Natan possuí um trabalho composto da junção de pesquisas independentes e aptidão natural. Componentes orgânicos, fotografias e fragmentos digitais manipulados através de elementos de linguagem binária consolidam a essência de seus projetos virtuais/performáticos. Abusando das possibilidades do advento da tecnologia móbile, sua proposta artística tem como característica a (re)criação de “novas composições” a partir da captação de fragmentos (amostras) visuais, com o intuito de atribuir uma nova (re)forma e significado, que consequentemente provoque reflexões.


1ª BIENAL INTERNACIONAL DE GRAFITE DE BELO HORIZONTE
30 DE AGOSTO A 7 DE SETEMBRO
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: 09H00 ÀS 24H00
SERRARIA SOUZA PINTO
AV. ASSIS CHATEAUBRIAND, 809, FLORESTA
ENTRADA FRANCA
WWW.BIGBH.COM.BR

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