quinta-feira, 30 de abril de 2009

GRUPO DE BRASÓPOLIS RESGATA PRÁTICA DO TEATRO DE BONECOS NO INTERIOR


Grupo mineiro de elaboração e manipulação de bonecos gigantes percorre cidades do sudeste brasileiro com apresentando desfiles e ministrando oficinas

Da cidade de Brasópolis – a 453 km de BH – surge um grupo de bonequeiros, liderado por Gustavo Noronha, entusiastas da arte de manipulação de bonecos. A vontade de usar seus conhecimentos adquiridos na época em que fazia parte do Giramundo e repassá-los aos jovens e crianças interessados nesta atividade foi fundamental para que Noronha desse o pontapé inicial para a criação do grupo Bonecos Gigantes de Brasópolis. Assim, desde 2001 a trupe se apresenta em diversas cidades do interior do sudeste brasileiro, levando seu desfile de bonecos recheado de marchinhas antigas e ministrando oficinas de elaboração e manipulação dos bonecos gigantes. Ainda, promove divulgação e resgate do teatro de bonecos e revive a figura do folião – aquele que se fantasia para pular o carnaval. Por fim, é grande a contribuição na inovação das manifestações populares por meio de uma linguagem cênica dinâmica e criativa.

São Gonçalo do Sapucaí é a próxima cidade a receber a apresentação dos Bonecos Gigantes de Brasópolis. No feriado do dia 1º de maio, próxima sexta-feira, a cidade será palco para o desfile dos bonecos, que começa às 15h, saindo da Praça Largo do Rosário. A oficina de bonecos acontece no mesmo local e horário. Ambos com entrada franca.

As próximas apresentações do grupo acontecem em Bom Sucesso [03/maio] e Poços de Caldas [06/maio].

BONEQUEIROS PELO INTERIOR

Toda cidade de pequeno e médio porte tem sua praça principal, geralmente situada no centro. É ali que acontecem os maiores eventos, local de encontro da turma, ponto de congraçamento. É também nessas praças que os Bonecos Gigantes de Brasópolis têm dado largada ao animado desfile. Assim que os bonecos enfileiram-se e começam a andar pelas ruas da cidade, a alegria contamina os presentes, geralmente uma mescla de avós, pais e filhos. Trata-se de proveitosa oportunidade de diversão e aprendizado, já que também existe a possibilidade de participação em oficina pedagógica ministrada por integrantes do grupo.

A movimentação que o grupo causa por onde passa faz notar que a manipulação de bonecos promove certa magia no imaginário das pessoas, independente da idade, gênero ou classe social. Além disso, como a oferta de eventos culturais nessas cidades de pequeno e médio porte nem sempre é satisfatória, a existência dos Bonecos Gigantes de Brasópolis vem sanar tal carência. Os enormes bonecos ganham as ruas das cidades e desfilam diante da população que ocupam sacadas, janelas e varandas. Ao fundo, a folia se completa com o som das marchinhas que marcam o compasso de quem acompanha o cortejo. Mas a festa não termina no desfile. O grupo também comanda, nas cidades por onde passa, uma oficina de arte-educação. Um pedagogo ensina a crianças e educadores como reutilizar materiais recicláveis e como confeccionar os bonecos de sucata, chamados de “sucanecos”.

Materiais inanimados ganham vida nas mãos do grupo Bonecos Gigantes de Brasópolis [BGB]. Ao todo são 25 bonecos, com até 3,5 metros de altura, divididos entre figuras que representam homens, mulheres, anônimos e até personalidades, como o jogador Ronaldinho Gaúcho e a modelo Gisele Bündchen.

A oficina de construção dos bonecos é composta por 25 adolescentes da comunidade de Brasópolis. A participação desses jovens é essencial para o Bonecos Gigantes, pois além de confeccioná-los, são eles quem os manipulam e divulgam o grupo nos municípios próximos da região. A vontade de fazer parte do grupo é tão grande que o grupo recebe a ajuda de vários voluntários. Em 2004 ficou decidido que a cada ano os bonecos receberiam dois novos companheiros. Assim, meses antes do carnaval, a equipe se prepara para confeccionar os novos “integrantes” que se juntam à folia.

O que começou como uma farra, hoje virou profissão. Os jovens que no início do grupo queriam apenas se divertir no carnaval, viram no Bonecos Gigantes uma oportunidade de inserção no mercado de trabalho. “Depois da participação dos BGB no Festival Internacional de Teatro de Bonecos de BH, eles entenderam a dimensão do universo do teatro de animação”, conta Gustavo Noronha, fundador do grupo. Foi assim que surgiu a Associação Oficina Roda Terra, que gere projetos e o Programa de Capacitação em Teatro de Animação para formar manipuladores e conscientizar o público. “Os desfiles estão mais teatrais hoje. Existe uma coreografia e cada manipulador se esforça para representar seu personagem”, completa Gustavo.

Entre setembro de 2008 e agosto de 2009, o Bonecos Gigantes de Brasópolis irá percorrer cerca de cinquenta cidades do sudeste brasileiro, contando com o patrocínio da Petrobrás Cultural e do Ministério da Cultura.

ASSOCIAÇÃO OFICINA RODA TERRA

Surge em 2004 com os integrantes dos Bonecos Gigantes de Brasópolis com finalidade de gerir projetos e atividades culturais que buscassem o desenvolvimento humano e artístico do indivíduo e da comunidade, bem como atender as faixas mais carentes. Hoje conta com um projeto em plena atividade, os Bonecos Gigantes de Brasópolis, que participa de eventos beneficentes e populares da região, busca a profissionalização de seus integrantes e auto-suficiência financeira com parcerias com todos os setores da esfera social. Com recente sede alugada, os BGB ganharam casa e a cidade um futuro espaço cultural, o ECORT, Espaço Cultural da Oficina Roda Terra, gerido pela “Associação Oficina Roda Terra”, que após reforma e contratação dos profissionais abrigará exposições, espetáculos, eventos sociais e atividades de arte e educação para os diversos setores e a preços compatíveis com a realidade da população, capacitando pessoas da região, permitindo o intercâmbio de profissionais e gerando renda. Tem como futuros projetos o “Na Linha do trem”, caminhada para localizar, registrar, catalogar, avaliar e propor soluções por meio de exposições de fotos, textos e projetos das potencialidades culturais, ambientais e artísticas do antigo trajeto da linha de trem; a formação de bateria dos BGB através de aquisição de instrumentos novos e reciclados (latas, latões e panelas) e composição de novas músicas tendo cada boneco como tema, culminando na gravação de CD e DVD; filmagem e fotos do curta “Onde está o Rei”, filme digital e livro infantil, cujos personagens são interpretados pelos bonecos gigantes, tendo diversas localidades do município como set de filmagem; projeto Memória, com gravações de diversos “anciões” da cidade e região e exposição de fotos comparativas “Do antes ao Depois”. Todos os futuros projetos já estão sendo analisados pela diretoria da “Associação Oficina Roda Terra” e estão em fase de elaboração e captação.

Conheça mais sobre o grupo em http://www.oficinarodaterra.blogspot.com/.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

CONCERTO ALLEGRO IV CELEBRA MENDELSSOHN E CHOPIN

Bicentenário de Mendelssohn e homenagem a Chopin são temas da próxima apresentação da Filarmônica

No quarto concerto da série Allegro, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais celebra os 200 anos de nascimento de Felix Mendelssohn e faz uma homenagem a Fredéric Chopin, tocando o primeiro dos seus dois concertos para piano. Camargo Guarnieri, nome dos mais representativos da música sinfônica brasileira mundo afora, abre o programa. O convidado da noite é o pianista Ricardo Castro, que voltará aos palcos do Palácio das Artes em maio, executando o segundo concerto para piano de Chopin. O concerto Allegro IV acontece no dia 30 de abril, às 20h30, no Grande Teatro do Palácio das Artes, sob a regência do maestro Fabio Mechetti.

Trata-se do primeiro concerto da série de dois que a Filarmônica promove em homenagem a Chopin. O pianista Ricardo Castro participa de ambos – um em abril, outro em maio –, nos quais irá executar os dois concertos de piano de autoria do músico polaco.




O SOLISTA RICARDO CASTRO

O piano entra na vida do baiano Ricardo Castro já aos três anos de idade; aos cinco passa a ter aulas regulares. Seu primeiro recital acontece aos 8 anos de idade, Muda-se para a Europa e estuda no Conservatório Superior de Música de Genebra, tendo aulas com Maria Tipo em Genebra e Dominique Merlet em Paris. Foi o primeiro latino-americano a vencer o Concurso Internacional de Piano de Leeds. Radicado na Suíça, atuou como solista da BBC Philharmonic de Londres, Orquestra da Suisse Romande, English Chamber Orchestra, Academy of St. Martin-in-the-Fields, Sinfônica de Birmingham, Filarmônica de Tóquio e Mozarteum de Salzburg. Tocou sob regência de Sir Simon Rattle, Yakov Kreizberg, Alexander Lazarev, John Neschling, Kazimierz Kord e Michioshi Inoue. Atualmente leciona na Haute École de Musique (Suíça) e é Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica da Bahia. Gravou pela BMG cinco CDs com obras de Chopin e outros dedicados a Mozart, De Falla e Liszt. Já se apresentou nas principais salas de concerto da Europa. Um lado de sua carreira aponta para o lado social: é professor de um exclusivo grupo de jovens pianistas profissionais na “Haute École de Musique” de Friburgo, Suíça e apoia o Projeto Axé em Salvador e o programa Conquista Criança em Vitória da Conquista, sua cidade natal. É considerado um dos maiores pianistas sul-americanos da nova geração e especialista na obra de Chopin.

MOZART CAMARGO GUARNIERI [1907-1993]

O pai italiano era barbeiro e tocava flauta; a mãe brasileira tocava piano: foi nesse contexto familiar que o pequeno Guarnieri começa a aprender a música. Começa a ter aulas de piano aos dez anos. Como sua família não tinha muitos recursos financeiros, teve que trabalhar em vários empregos, nunca perdendo a música de vista. Seu pai melhora um pouco de condição, o que dá ao músico possibilidade de reduzir sua jornada de trabalho: consegue, então, dedicar-se mais aos estudos musicistas e começa a estudar harmonia, contraponto, orquestração e composição com um maestro italiano. Em 1928 é apresentado a Mário de Andrade, seu futuro mestre intelectual; mais tarde acabam tornando-se amigos. O escritor modernista é um dos grandes responsáveis pela divulgação da obra de Camargo Guarnieri. Dez anos mais tarde, recebe bolsa de estudos do governo de São Paulo e vai estudar em Paris. Toda sua obra teve grande influência nacionalista vinda de Villa-Lobos, algo sempre defendido por ele: “Sou e quero ser um compositor nacional do meu país. Se cada ser humano tem uma responsabilidade sobre a terra, certamente a do músico será contribuir, na medida de sua capacidade, para o enriquecimento da música universal”.

Foi criador e diretor do Coral Paulistano, regente oficial da Orquestra Sinfônica Municipal; foi membro fundador da Academia Brasileira de Música, que presidiu, e ganhou numerosos e importantes prêmios: sete internacionais e três nacionais. Ao lado de Villa-Lobos, Guarnieri é o músico brasileiro mais interpretado no exterior. O prolífico músico compôs cerca de 700 obras, entre sinfonias, concertos para piano, sonatas, música de câmara e outras peças. Faleceu em 1993, logo após ganhar o prêmio Gabriela Mistral, o qual o condecorou com o título de maior compositor das Américas. A peça Prólogo e Fuga possui inesperadas mudanças cromáticas e ritmo sincopado.

FRÉDERIC CHOPIN [1810-1849]

Sem a figura tímida de Chopin, a história da música para piano certamente seria outra. O pianista e compositor polaco da era romântica é considerado um dos maiores pianistas de todos os tempos. Atuando na composição, seu trabalho é conhecido pelo refinamento na elaboração harmônica. Suas primeiras aulas de piano foram ministradas por sua irmã mais velha e por sua mãe. Conta-se que, antes mesmo de saber escrever, o pequeno garoto já tentara compor melodias. Aos oito anos, o pequeno Chopin aparece pela primeira vez em público como pianista. Começa a ter aulas profissionais com um professor do Conservatório de Varsóvia e dedica-se então ao estudo de teoria e composição musical. Com quinze anos já é considerado o maior pianista de Varsóvia. Aos 20 anos deixa a Polônia para sempre e faz carreira em Paris como intérprete, professor e compositor, o que lhe rendeu fama e dinheiro. Morre em Paris aos 39 anos, em estado de profunda melancolia e vítima de tuberculose. Sua música tem um caráter nacionalista: há forte presença de elementos do folclore polonês. O brilho de belas melodias e harmonias inovadoras também são traços marcantes da obra de Chopin.

De técnica refinada e elaboração harmônica invejável, Chopin compôs a peça Concerto para piano Nº 1 em mi menor em 1830. A obra dá ao piano posição suntuosa diante da orquestra. Foi apresentada pela primeira vez no mesmo ano em que foi elaborada, na cidade de Varsóvia, última apresentação do músico na cidade à qual nunca mais voltaria.

Chopin compôs também o Concerto Nº 2 para Piano em Fá menor, op. 21, que será executado pela Orquestra Filarmônica no dia 7 de maio, com solo de Ricardo Castro e sob regência do maestro Carlos Moreno.

JAKOB LUDWIG FELIX MENDELSSOHN-BARTHOLDY [1809-1847]

Compositor, músico, pintor, escritor, esportista: Felix Mendelssohn era um homem refinado e versátil. Filho de um banqueiro com grande riqueza, falava vários idiomas e passou sua infância num entorno de grande efervescência cultural. Seus pais influentes tinham em casa com frequência as principais mentes pensantes da Alemanha da época. Tinha expressivo talento musical e era considerado uma criança com capacidades muito acima da média. Mendelssohn começou a compor aos nove anos; aos treze já havia publicado sua primeira peça. Além de compositor, era também pianista e maestro, cuja atuação deu-se no início do período romântico. A peça Sinfonia nº 3 foi composta em 1842, tendo como inspiração uma viagem que o compositor fez à Escócia. Trata-se de uma obra notável pelo sombrio colorido nórdico; o músico dedicou-a à rainha Vitória.

Costumeiramente chamado de “segundo Mozart” por alguns iniciados da época, Mendelssohn foi responsável pela descoberta de partituras de Bach. Era entusiasta da obra do músico barroco e acabou organizando uma récita no ano de 1829 com tal objetivo. Em 2009 é lembrado o bicentenário de Mendelssohn, cuja morte deu-se em decorrência do agravamento de uma trombose cerebral, após a morte de sua irmã, fato que o deixou muito abatido, com apenas 38 anos de idade.

FABIO MECHETTI: O MAESTRO

Diretor musical e regente titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, o maestro Fabio Mechetti é nome aclamado e de prestígio internacional. Foi também regente titular da Orquestra Sinfônica de Syracuse e da Orquestra Sinfônica de Spokane, da qual é, agora, Regente Emérito, e regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, EUA. Constantemente convidado dos festivais de verão dos Estados Unidos, Fabio Mechetti já dirigiu concertos em diversos países, como México, Espanha, Venezuela, Japão, Escócia, Canadá, Nova Zelândia e outros. Natural de São Paulo, Mechetti também é regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica de Jacksonville desde 1999. Sua estreia em regência aconteceu no prestigiado Carnegie Hall, conduzindo a Orquestra Sinfônica de New Jersey. Igualmente aclamado como regente de ópera, fez sua estreia nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. Fabio Mechetti recebeu títulos de Mestrado em Regência e em Composição pela admirada Juilliard School de Nova York.

Como regente assistente, Fabio Mechetti tem ao seu lado o maestro Fabio Costa, regente consagrado de sua geração.

A ORQUESTRA

Desde a sua criação, em fevereiro de 2008, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais apresenta excelência artística e vigorosa programação. Sob regência do maestro Fabio Mechetti – reconhecido pelo trabalho à frente de grandes orquestras dos EUA, Europa e Ásia – instrumentistas mineiros se juntaram a músicos de diversas partes do Brasil e do mundo para construir, em Minas, uma Orquestra que se pauta pelo rigor e excelência artísticos e por apresentar ao público as obras essenciais do repertório sinfônico, além de produções contemporâneas, com solistas de destaque no Brasil e no mundo.
Durante a Temporada 2009 serão realizados 53 concertos, divididos entre as séries Allegro e Vivace, Concertos Didáticos, Concertos para a Juventude, Clássicos no Parque, turnês no interior e fora do Estado. Neste ano, a Filarmônica já recebeu convidados de extremo gabarito no mundo musical, tais como o pianista norte-americano Terrence Wilson – que se apresentou pela primeira no Brasil –, o violoncelista Márcio Carneiro ao lado do regente convidado Ira Levin e a soprano Eliane Coelho, cantora lírica de reconhecimento mundial. O próximo concerto acontece no dia 30 de abril, às 20h30, no Grande Teatro do Palácio das Artes, com presença do pianista Ricardo Castro e regência do maestro Fabio Mechetti.

SERVIÇO:
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Série Allegro IV
Regente: Fabio Mechetti
Data: 30 de abril, às 20h30
Local: Grande Teatro do Palácio das Artes
Ingressos:
Plateia I – R$40,00Plateia II – R$25,00Platéia superior – R$12,00Meia entrada para estudantes e maiores de 60 anos
Ingressos à venda na bilheteria do Palácio das Artes. Funcionamento de 2ª a sábado de 10 a 21 horas, domingo de 14 a 21 horas. Informações Palácio das Artes: (31) 3236-7400

Mais informações sobre a Orquestra Filarmônica: filarmonica.art.br

quinta-feira, 16 de abril de 2009

SÍNDICO REMODELADO


Terceiro álbum da banda Falcatrua - com direção artística de Nelson Motta e produção de John Ulhoa – traz versões improváveis e abusadas do repertório consagrado de Tim Maia

Quando da publicação da biografia de Tim Maia, Nelson Motta esteve em BH para lançamento do livro. Gostaria que alguma banda se apresentasse tocando músicas que ficaram conhecidas na voz de Tim: chamou a banda Falcatrua para a ocasião. Tanto Nelson quanto quem ali estava foram conquistados pela sonoridade apresentada, ainda não explorada naquelas canções. Eram as versões que a banda criou para músicas já tão estouradas no passado do soul brasileiro. Nelson Motta gostou tanto que não viu outra saída senão entrar no projeto e aceitar o convite para fazer a direção artística de um álbum que contasse somente com músicas que fizeram sucesso na voz de Tim Maia, modeladas com aquele clima criado pelo conjunto, usando sua própria textura como tempero. John Ulhoa, do Pato Fu, já conhecia a banda e acabou sendo convidado para fazer a produção do disco. Dessa árdua e ousada tarefa, nascia ali o escopo do cd “Vou Com Gás”, que chega às lojas no mês de abril.

O álbum é composto por dez músicas da carreira estelar de Tim Maia. A maioria das músicas faz parte da fase soul music clássica do compositor: a grande maioria virou hit. Durante quase todo o disco o clima de festa é constante, algo já esperado diante da mistura entre o soul incontrolável de Tim Maia e o rock pujante do Falcatrua. Acabou dando ao repertório uma empolgante liga disco-rock, trilha certeira para aqueles momentos de pista. Foi a sonoridade buscada pelos arranjos propostos por John Ulhoa. “Eu tinha pra essas músicas [a idéia de] um som na praia de bandas [...] que martelam guitarras e moogs furiosos em cima de bases dançantes”, entrega o produtor, que diz ter aceito o convite logo de cara: “vi que ia dar caldo”.

A ousadia do grupo reside em estudar em profundidade a história musical de Tim, nome polêmico e de qualidade inquestionável da música brasileira. O risco de cair no óbvio era grande, já que a maioria das músicas é conhecida do grande público na vida e voz de um titã brasileiro. Porém, tendo a inventividade como norte, aliados ao auxílio luxuoso de Nelson e John, os músicos do Falcatrua ligaram as máquinas, engataram a primeira e o trabalho foi tomando corpo. As músicas ficaram ainda mais abusadas e calorosas na voz e performance de Miglio com a banda executando aqueles novos arranjos. As músicas ganharam cara nova: a baladíssima ficou com ritmo mais empolgante; o soul agora vibra com a proposta mais rock. O grupo só não podia perder o impulso do rock. “Acho que eles são, basicamente, uma banda de rock, no sentido até clássico da palavra”, pondera John.

Cada qual em sua época, cada um na sua intensidade e sintonia, o Falcatrua tem muita proximidade com a verve de Tim. Seja pelo groove de suas músicas, pelas letras que sempre mandam recado, pela postura performática nos shows - que ao contrário do rei do soul, o Falcatrua garante pontualidade -, o grupo traz pro rock a malemolência do funk/soul, resultando numa proveitosa mistura musical.

Além de produzir o disco, John Ulhoa acabou participando também das gravações. “É natural pra mim, gravo quando há uma lacuna ali, que acho que posso contribuir”, esclarece o produtor e guitarrista. “Toquei pouquíssima guitarra, queria que a impressão guitarrística da banda tivesse sua própria cara”, continua. “O que mais toquei foram teclados”, finaliza John.

Conhecido também pela irreverência, Tim era um artista inominável. Compunha com invejável facilidade e leveza, características que o Falcatrua pretende transpor ao palco, que certamente vai ficar aquecido e com ares de festa: de sonoridade empolgante, o Falcatrua conclama a todos às a curtir as letras criativas do síndico Tim Maia nesta união que promete conquistar os entusiastas da música boa e divertida, descompromissada e despretensiosa – assim como Tim Maia fazia questão de ser.
John Ulhoa resume bem o conceito do álbum: “Eu queria um disco cheio de guitarras, que tocasse todo numa festa e o pessoal iria se chacoalhar até cansar, com aquela pausa pra namorar em uma única canção lenta. Acho que era meio a fórmula do Tim”. É isso.

A BANDA

Uma das bandas de rock mais atuantes de Minas Gerais, o Falcatrua já participou de vários festivais de música tanto em seu estado quanto em outros, como o MADA [Natal-RN], Conexão Telemig Celular [atual Conexão Vivo], Festival Internacional de Teatro [FIT], Projeto Stereoteca [BH], Jambolada [Uberlândia], Feira da Música [CE], dentre outros.

Vale o lembrete: Falcatrua é a essência corrompendo o rótulo.

O show inaugural do cd “Vou Com Gás” acontece no dia 21 de abril, às 21h30, dentro do Conexão Vivo, no Parque Municipal de Belo Horizonte.

Vou Com Gás, por Terence Machado:

Além de cantor sublime e excelente compositor, dá pra dizer que Tim Maia foi também uma espécie de rei da “falcatrua” na MPB. São histórias e mais histórias, envolvendo o artista e seu jeito peculiar de embaraçar e desembaraçar situações a fim de conseguir exatamente aquilo que desejava. Nem todas estavam relacionadas à música, é bem verdade. Várias delas ganharam as páginas de Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia, escrito pelo jornalista e produtor Nelson Motta.

Recentemente, num caso de pura coincidência ou sabe-se lá dessas uniões espirituais que nem mesmo um Tim Maia prá lá de racional ousaria descrever; Nelson Motta acabou envolvendo “o artista” numa nova Falcatrua. Com “F” maiúsculo porque longe de qualquer conotação pejorativa Falcatrua, aqui, é a banda mineira que topou com Nelson, no lançamento de Vale Tudo, em Belo Horizonte, e aproveitou para tocar algumas das músicas do “síndico” com muita propriedade; sem ter que apelar para o manjado pout-pourri que bandas de baile sempre sacariam nesse tipo de ocasião, emendando somente meia dúzia de super sucessos do cantor.

Curiosamente o pessoal do Falcatrua nunca quis sossego, nem quando passou a detonar em seus shows uma versão poderosa feita justamente para a canção nada sossegada, ao contrário disto, cheia de inquietude, composta por Tim Maia. Muito menos agora, quando precisou partir com todo o gás rumo à produção de um projeto especial sob a direção artística de ninguém menos que o já citado Nelson Motta(um verdadeiro Midas da mpb), abarcando uma dezena de composições de um sujeito controverso como Sebastião Rodrigues Maia. Tão logo o músico Gleison Túlio chegou para tomar conta das guitarras, o também guitarrista (e produtor) John Ulhoa (Pato Fu), escalado para produzir o trabalho, pôde finalmente procurar as texturas sonoras perfeitas para essa trilha – a começar pela gravação de “Não Vou Ficar”. A canção que ajudou a dar novos contornos profissionais à carreira do rei Roberto, no fim da década de sessenta, ressurge agora com arranjo ‘disco rock’!

Pesado, sem sacrificar o balanço, dançante sem perder o vigor. Mais conceito do que rótulo, mais pegada que conceito, é exatamente a pulsação ‘disco rock’ que turbina a Tim(em)balada do Falcatrua. A faixa-título Vou Com Gás e outras mostram algumas mudanças de marcha, nunca de atitude, pois o destino do grupo, mais do que alcançar o sucesso, (ou, no caso do projeto em questão, fazer um tributo), é nunca perder a sintonia com a boa música e todos que buscam esta mesma freqüência.

Devidamente sintonizados, todos os nomes de peso envolvidos nessa missão nos convidam a brindar e celebrar tin tin por Tim Tim uma armação sonora, quer dizer, uma Falcatrua das melhores, proporcional ao apetite musical do saudoso homenageado.

FAIXA A FAIXA
1 – Vou com Gás: Ritmo, efeitos eletrônicos e leves batidas: Vamos pra Minas Gerais.
2 – Sossego: Uma pancada, casamento entre a força guitarra e presença do vocal. Verdadeiro puxão de orelha cuja versão cabe perfeitamente em qualquer show de rock.
3 – A Festa de Santo Reis: Ficou nervosa, ganhou até banjo. Não fique parado, guitarra sempre.
4 – Você e Eu, Eu e Você: Tim Maia está apaixonado, quer todo mundo juntinho. A letra é amorosa, romântica, mas a bateria impõe o ritmo e a banda segue na mesma medida e clima. Tema para dançar com seu par na pista. No final, o peso dos riffs da guitarra avisam: é uma banda de rock.
5 – Gostava Tanto de Você: A introdução é surreal, faz parecer um rock pesado e inevitável. Batida com compasso firme, marcando a tensão. O último nome ao qual você irá lembrar é Tim Maia. Guitarra e ritmo, nada mais. Declaração com letra melancólica, mas a tristeza aqui não tem vez.
6 – Não Vou Ficar: Aqui a guitarra pulsa e dá as caras, como sempre. O timbre empolga e a música vira um grito de revolta com um período de reflexão.
7 – Azul da Cor do Mar: A letra é linda, chorosa. Aproveite, é a única balada do álbum. A pausa pra namorar, segundo John Ulhoa. O mar em formato cd.
8 – Vale Tudo: Uma misteriosa introdução, uma sirene que dá o alarde: tudo é possível. O recado é curto, grosso e eficiente. Ritmos e efeitos que explodem nessa espécie de hino de uma geração libertária.
9 – Cristina: Quase mística, canto de despedida, ida alegre e apaixonada. Arranjo que prende e cola. Simbora dançar?
10 – Réu Confesso: Mea culpa musicado. Aqui a guitarra não pede, manda. Não parece, mas é Tim Maia. Solo potente e incrível.

SERVIÇO:
Banda Falcatrua
Lançamento do cd “Vou Com Gás”
Data: 21 de abril, às 21h30
Ingressos: R$10,00 inteira, R$5,00 meia-entrada
Local: Parque Municipal Américo Renê Giannetti
Av. Afonso Pena, 1377 - Centro.
Belo Horizonte – Minas Gerais
Mais informações sobre o Falcatrua em http://www.falcatrua.com.br/.

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

Juiz de Fora, Cataguases e Barbacena são as primeiras cidades a receberem os concertos.

Para divulgar a música sinfônica de forma plena por todas as regiões do Estado, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais realiza a primeira turnê da temporada 2009 com apresentações na região da Zona da Mata. A cidade de Juiz de Fora será a primeira a receber a Orquestra, no dia 16 de abril. Em seguida os músicos partem para Cataguases, onde acontece apresentação no dia 17. No dia seguinte, encerrando a turnê, a Filarmônica chega a Barbacena apresentando seu repertório. Os três concertos têm regência do maestro Fabio Costa, regente assistente da Filarmônica.

O repertório dos três concertos apresenta peças de Carlos Gomes, Borodin, Mozart e Rimsky-Korsakov, nomes consagrados na música de concerto que, em épocas, países e intensidades distintas, entraram para a história com suas composições.

Em Juiz de Fora, o concerto acontece no Cine-Theatro Central. A cidade de Cataguases recebe os músicos na Matriz de Santa Rita. Por fim, o Colégio Imaculada Conceição serve de palco para a apresentação da Orquestra em Barbacena.

A ORQUESTRA

Desde a sua criação, em fevereiro de 2008, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais apresenta excelência artística e vigorosa programação. Sob regência do maestro Fabio Mechetti – reconhecido pelo trabalho à frente de grandes orquestras dos EUA, Europa e Ásia –, instrumentistas mineiros se juntaram a músicos de diversas partes do Brasil e do mundo para construir, em Minas, uma Orquestra que se pauta pelo rigor e excelência artísticos e por apresentar ao público as obras essenciais do repertório sinfônico, além de produções contemporâneas, com solistas de destaque no Brasil e no mundo.
Neste ano, a Filarmônica já recebeu convidados de extremo gabarito no mundo musical, tais como o pianista norte-americano Terrence Wilson – que se apresentou pela primeira no Brasil –, o violoncelista Márcio Carneiro ao lado do regente convidado Ira Levin e a soprano Eliane Coelho, cantora lírica de reconhecimento mundial.

FABIO COSTA
Um dos mais destacados e experientes maestros brasileiros de sua geração, Fabio Costa é maestro assistente da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Também pianista e compositor premiado, com uma experiência de mais de 160 concertos sinfônicos e de ópera em uma carreira internacional, Costa já esteve à frente de várias das melhores orquestras brasileiras, tais como a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Petrobrás Sinfônica, Orquestra Experimental de Repertório, Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo, Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Amazonas Filarmônica, entre outras. Nos EUA, em 2000 e 2003, foi Maestro Associado da Sinfônica de Spokane e Diretor de Orquestras da Eastern Washington University, quando regeu mais de 80 concertos para um público de mais de 70 mil pessoas.
Fabio Costa recebeu seu treinamento em regência orquestral e correpetição pela prestigiosa Academia de Música de Viena. Entre produções de ópera dirigidas, destaca-se no Brasil uma elogiada produção de “Fosca” em 2006, no Teatro Amazonas de Manaus. Como compositor, Fabio Costa possui uma extensa obra e recentemente venceu o II Concurso Cláudio Santoro de Composição Musical, da Academia Brasileira de Música, com a obra "Salmo da Terra".
O REPERTÓRIO

ANTÔNIO CARLOS GOMES [1836-1896]

O mais importante operista brasileiro do estilo romântico, ganhou destaque principalmente na Europa e teve sua obra marcada pelo espírito de brasilidade. Carlos Gomes nasceu em família humilde e teve a tragédia como presença constante no decorrer de sua vida. Ainda assim seu pai consegue formar uma banda, cujos membros são todos seus filhos. Carlos Gomes dividia seu tempo entre a música e a alfaiataria. Aos quinze anos já compunha valsas, quadrilhas e polcas; ainda moço, lecionava canto e piano. Foi grande estudioso de ópera e tornou-se amigo próximo de Pedro II. Após período de várias desilusões e desgostos – além de doente -, morreu num contexto de grande comoção nacional.

A ópera Maria Tudor foi executada pela primeira vez em março de 1879, no Teatro Alla Scala de Milão. A peça descreve a vida de Maria I, filha de Henrique VIII. Sexta peça operística do compositor, é considerada uma de suas mais perfeitas criações. Em paralelo, é também uma obra injustiçada e incompreendida pela crítica da época, que a recebeu de forma fria. Incrivelmente, sua execução inaugural foi um fracasso. Anos depois, chegou-se à conclusão de que se tratava de uma obra de grande sensibilidade artística.

ALEKSANDR BORODIN [1833-1887]

Graduado em Medicina, o compositor russo Borodin tinha especial apreço pela Química. Nas horas vagas estudava música, começando suas lições no estudo do piano ainda quando criança – é de sua autoria um dueto para piano, composto aos nove anos de idade. Poliglota desde pequeno, pode ser considerado um precoce auto-ditada. Escreveu vários tratados científicos e participou de grandes descobertas no mundo da ciência. Aos vinte e nove anos passa a se dedicar com mais frequência à música clássica. Morreu em decorrência do agravamento de uma cólera em 1887. Compôs inúmeras peças para piano, melodias, música de câmara, entre outros.

Danças Polovtsianas é parte da ópera Príncipe Igor, obra mais importante de todo seu repertório. Trabalhou nesta peça durante dezoito anos, deixando-a inconclusa devido ao seu falecimento. A obra foi terminada em 1890 por Nikolai Rimsky-Korsalov e Aleksandr Glazunov.

WOLGANG AMADEUS MOZART [1756-1791]

Nascido na Áustria e conhecido pelos seus dons prodigiosos – compunha desde os cinco anos de idade –, Mozart produziu a Sinfonia nº 36 especialmente para executá-la na cidade austríaca de Linz, no ano de 1783. É um exemplo de arte clássica, considerada também um monumento sinfônico. Não há quem questione o posto de gênio ocupado pelo compositor austríaco, presença inquestionável em qualquer lista dos maiores nomes da história universal da música sinfônica. De personalidade forte, Mozart era incansável na composição de suas peças. Durante toda sua vida foi considerado fenômeno. Aos doze anos já era considerado um compositor de qualidade fora do comum, com uma técnica própria de composição. Suas composições têm intensidade característica: momentos melancólicos e dramáticos distribuem-se com eloquência por suas linhas musicais.

Numa de suas várias viagens, Mozart foi recebido na cidade de Salzburgo em 1783 por seus familiares. No retorno a Viena, o músico visita um conde amigo na cidade de Linz, que lhe encomenda uma apresentação junto à orquestra local. Mozart decide, então, criar uma sinfonia especialmente para a ocasião. Em apenas três dias compõe a Sinfonia nº 36, peça sinfônica que comprova o quão irretocável é a obra do músico. Sua obra é extensa e lhe rendeu grande riqueza, porém, seu estilo desordenado de vida o levou à falência completa ao fim da vida. Faleceu pobre e com apenas trinta e cinco anos de idade.

NIKOLAY ANDREIEVICH RIMSKY-KORSAKOV [1844-1908]

De repertório extenso, Rimsky-Korsakov é de origem russa e usou fábulas e contos infantis para alimentar sua inspiração no ato de composição de suas peças musicais. O músico viveu em São Petersburgo e fez parte do Grupo dos Cinco, juntamente com Mily Balakirev [1837-1910], César Cui [1835-1918], Alexander Borodin [1833-1887] e Modest Mussorgsky [1839-1881]. Eram um grupo de jovens compositores nacionalistas que procuravam compor música com caráter especificamente russo. Rimsky-Korsakov foi responsável por recuperar, de maneira inovadora, a cultura tradicional russa e revolucionar a orquestração musical. Exímio compositor e orquestrador, foi também militar e professor. De família aristocrática, teve sua iniciação musical aos seis anos de idade. Morreu em 1908, em Lyubensk, aos 64 anos, devido a problemas no coração.

A peça Capriccio Espagnol foi composta em 1887 baseada em melodias espanholas. Composta originalmente para violino, posteriormente foi adaptada para execução orquestral com o objetivo de avivá-la melodicamente. Destaque para as técnicas apuradas e articuladas de percussão, mudanças de timbres e desenho melódico. É conhecida pelo brilhantismo quando executada por uma orquestra.

SERVIÇO:
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Turnê I
Regente: Fabio Costa
Entrada franca

JUIZ DE FORA:
Data: 16 de abril, às 20h
Local: Cine-Theatro Central [Praça João Pessoa, s/n°– Centro
CATAGUASES:
Data: 17 de abril, às 20h
Local: Matriz de Santa Rita [Praça Santa Rita, s/n° - Centro]

BARBACENA:
Data: 18 de abril, às 20h30Local: Colégio Imaculada Conceição [Av. Irmã Paula, 216 – São Sebastião]

FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS ABRE O ANO DA FRANÇA NO BRASIL


Concerto conta também com apresentações de Bibi Ferreira e orquestra de fanfarra da França

O intercâmbio cultural entre Brasil e França ganha forças com o início do Ano da França no Brasil. O projeto acontece em reciprocidade ao Ano do Brasil na França, realizado em 2005. A cidade de Ouro Preto foi escolhida para receber a abertura do evento, que conta com a participação da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, executando o Hino Nacional Brasileiro. A Orquestra divide o palco com o grupo Fanfarre Du Nord-Pas de Calais, fanfarra da cidade de Lille, que irá executar a obra A Marselhesa. Juntas, executam Bolero, de Maurice Ravel. O evento traz ainda a participação de Bibi Ferreira que, com sua forte presença e voz, canta algumas obras do repertório de Edith Piaf. A apresentação acontece no dia 20 de abril, às 19h, com regência do maestro Fabio Costa.


É a primeira vez que a Filarmônica divide o palco com uma fanfarra. O objetivo deste projeto é permitir uma formação francesa e uma formação brasileira para a troca de um patrimônio: a música popular. Para Diomar Silveira, presidente do ICOS [Instituto Cultural Orquestra Sinfônica], “trata-se de oportunidade única para que duas grandes orquestras possam juntar forças” [...]. Ao todo, serão 120 músicos que darão à execução das obras grande impacto, trazendo brilho ainda maior à cerimônia de abertura. Um palco de 400 metros quadrados irá receber os músicos de ambas orquestras, compondo um conjunto musical de invejável excelência.
Maestro Fabio Costa regendo a Filarmônica

De início, a Filarmônica abre os trabalhos tocando o Hino Nacional Brasileiro. Logo após, a Fanfarra de Lille executa o Hino Nacional Francês. Bibi Ferreira entra no palco entoando músicas de Piaf, ícone da música francesa. Para finalizar a apresentação, as orquestras tocam juntas a obra Bolero, de Ravel.



A FANFARRA

A Fanfare Du Nord-Pas de Calais é um grupo musical de Montigny en Gohelle, pequena cidade próxima a Lille, capital da região Nord-Pas de Calais – uma das 26 regiões administrativas da França. Composto por 55 músicos, o grupo também é conhecido como Orquestre D´Harmonie. Em 2004 foi condecorado com a medalha de honra local – Legion D´Honneur -, conferida àqueles que se destacaram por sua excelência artística.

FABIO COSTA

Fabio Costa, um dos mais destacados e experientes maestros brasileiros de sua geração, ocupa o cargo de regente assistente da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Também pianista e compositor premiado, com uma experiência de mais de 160 concertos sinfônicos e de ópera em uma carreira internacional, Costa já esteve à frente de várias das melhores orquestras brasileiras. Nos EUA, foi Maestro Associado da Sinfônica de Spokane e Diretor de Orquestras da Eastern Washington University, quando regeu mais de 80 concertos para um público de mais de 70 mil pessoas.


A ORQUESTRA

Em pouco mais de um ano de existência, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais já entrou para o panteão das melhores orquestras do Brasil, tendo como diretor musical e regente titular o renomado maestro Fabio Mechetti. Ao lado de Mechetti, seu maestro assistente, Fabio Costa, um dos regentes consagrados de sua geração. Ao todo, 85 músicos compõem a Filarmônica, já considerada por especialistas uma das melhores orquestras brasileiras.

O público superior a 60 mil pessoas em 2008 confirma o interesse da população em conhecer e presenciar os concertos de uma orquestra profissional que busca a qualidade de programação e execução da música sinfônica.

SERVIÇO:
Abertura do Ano da França no Brasil
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Fanfare Du Nord-Pas de Calais e Bibi Ferreira
Regente: Fabio Costa
Data: 20 de abril, às 19h
Praça da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto
Rua Diogo Vasconcelos, 122 – Ouro Preto
Entrada franca

Mais informações sobre a Orquestra Filarmônica: filarmonica.art.br

Obrigado pela atenção. Para informações adicionais e agendamento de entrevistas, favor entrar em contato com Noir Comunicação Total: (31) 3297-1013 / 3297-1014 / 9612-7229 ou através dos e-mails: noir@noir.com.br e noir@seven.com.br. Acesse o site: http://www.noir.com.br/


Ângela Azevedo Flávia Mayer Ludmila Azevedo Rafael Rocha

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