Entre os dias 10 e 16 de maio, Belo Horizonte recebe artistas que dão continuidade à edição 2009 do Festival Eletronika. Programação contará com seleção especial de vídeos do Vivo arte.mov - Festival Internacional de Arte em Mídias Móveis e de trabalhos expressivos da Mostra de Design do Café com Letras. E mais: oficinas, palestras, debates e mobilização que, entre outras, presta homenagem aos 80 anos da Faculdade de Arquitetura da UFMG
“Àquela altura da estrada já éramos amigos. Queríamos fazer um conjunto, bem. Queríamos ir juntos à cidade, muito bem. Só que, à medida que a gente ia caminhando, quando começamos a falar dessa cidade, fui percebendo que os meus amigos tinham umas ideias bem esquisitas sobre o que é uma cidade. Umas idéias atrapalhadas, cada ilusão. Negócio de louco”.
A introdução da canção de Chico Buarque, “Cidade Ideal” – tema do musical “Saltimbancos” – sintetiza a maneira de como pensamos e vivemos à cidade somadas a uma série de desejos individuais e coletivos para esse espaço: ele pode ser mais justo? Mais agradável? Ser foco de produção artística e cultural? Promover conhecimento e interação?
E se uma das “salas de reunião” para essa discussão fosse um pic nic em plena Savassi? Esse é um dos passos para nossa “Cidade Ideal” personificada na Cidade Eletronika. A arte dialoga com a arquitetura, o design, o urbanismo, a ecologia.
E assim, o festival de novas tendências que nunca se fixou na condição de um simples evento, se volta para essa extensão criativa, pesquisando novas e melhores maneiras de se relacionar com o meio ambiente. Afinal, os verbos reciclar, recriar, agir, interagir nunca precisaram ser tão conjugados.
Cidade Eletronika acontece entre os dias 10 e 16 de maio, na Escola de Arquitetura da UFMG, que completa 80 anos, no Café com Letras (Mostra de Design) e ocupa o espaço aberto, coletivo: transforma a rua num ambiente de interação, celebração urbana, com shows, oficinas, mostras, palestras, lançamentos de livros e o pic nic em que basta levar a toalha xadrez e as delícias para ser bem compartilhado.
Programação:
Domingo, dia 16 de maio, das 11h às 21h
Local: Rua Paraíba com Rua Gonçalves Dias, em frente à Escola de Arquitetura da UFMG
Durante todo o dia, artistas, músicos, arquitetos, designers, vizinhos, passantes, moradores locais e interessados transformarão dois quarteirões da Savassi (fechados para o trânsito de automóveis) em um parque temporário em plena cidade; um lugar perfeito para um picnic familiar; para os jogos de rua; para momentos de ócio e diversão ao ar livre. Traga a toalha xadrez, a cesta com guloseimas, a cadeira de praia, o livro preferido, os brinquedos, as crianças, os amigos, os avós.
INTERVENÇÕES
Instituto Cidades Criativas / ICC (Rotatórias)
Nydia Negromonte (Casa das Vitaminas)
PISEAGRAMA (Árvores Portáteis)
Grupo de Interferência Ambiental / GIA (Caramujo)
Grupo Morar de Outras Maneiras / MOM (Interface de Espacialidade)
Bambolê de Fogo (Liga Brasileira de Queimada)
Adriano Mattos e Mobília Indisciplinada (Suportes Mobiliários)
APRESENTAÇÕES
17h - Frederico Pessoa (Intervenção Sonora)
Paisagens sonoras estruturadas musicalmente, compostas de todos os tipos de sons, inclusive pequenos trechos de musica.
18h - Embolex
O coletivo audiovisual Embolex é pioneiro no Brasil no desenvolvimento do VJing e, desde 2000, vem se apresentando em diversos gêneros de performances audiovisuais. Se aprofundou e se especializou em experiências ao vivo ‘live’, que vão desde diversas participações em eventos musicais como Skol Beats e com a banda Nação Zumbi, desfiles de moda como SP Fashion Week, a projetos de cinema ao vivo como “Marginalia 2” que fez parte do Festival Internacional de Cinema do Rio, e foi também apresentado no Itaú Cultural e em galerias de arte como Tate Gallery em Londres.
O projeto Embolex já se apresentou em diversos locais da Europa e buscando sempre novas formas de narrativa, desenvolve também projeções e animações para filmes publicitários, televisão, teatro, cinema, galerias e museus.
Atualmente, o Embolex desenvolve um set video-musical composto como um mosaico colaborativo misturando estilos musicais e elementos culturais de diversos pontos do planeta, onde conhecidos e desconhecidos contribuem com o material bruto que se transformará em um mashup audiovisual.
Os “contribuintes” podem enviar cartões postais, fotos e vídeos de suas viagens inesquecíveis para o email caixaprego@embolex.com.br e depois conferir o resultado ao vivo durante a performance Embolex. Alem desse material, trechos de documentários, filmes, e vídeos da internet também serão usados para compor esse chocante purê audiovisual. Para ter uma idéia do som, a mixtape Caixa Prego, acesse: http://www.mixcloud.com/embolex/caixaprego-embolex-mixtape/. Alguns mashups do Embolex estão disponíveis em: http://vimeo.com/8696364 e
http://www.youtube.com/embolex#p/u/10/09uzcHCrze4
19h30 - MondKopf
Entre duas sessões de skate, o jovem Paul Régimbeau esboçou em Toulouse o embrião do seu projeto MondKopf: sonhos trance sobre as arquiteturas abstratas do hip hop e da música eletrônica. Os resultados começaram a aparecer rapidamente, após seu primeiro trabalho sair sob o selo local Annexia (‘Un Eté Sur l’Herbe’ - 2006).
Depois da grande repercussão na internet do seu remix de Johnny Cash - ‘God’s Gonna Cut you Down’ - artistas como os Teenagers, Adam Kesher, Numero#, Golden Filter e Grand National solicitam remixes de suas músicas.
MondKopf se afasta dos estereótipos atuais do electro francês e faz um som por vezes melódico e percussivo. Seus shows reúnem uma quantidade de fãs sempre numerosa, que vem desfrutar os sons mais potentes do momento.
O novo álbum ‘Galaxy Of Nowhere’ preenche um espaço evidente nos últimos anos. É o projeto de um verdadeiro compositor totalmente voltado ao seu ouvinte. O verdadeiro álbum de musica eletrônica que foi produzido e pensado para ser ouvido em todos os cantos. Uma coletânea em permanente progresso onde surgem ritmos e clubes como ‘La Dame en Bleu’ ou ‘Lambs are Dancing’. Uma produção refinada e uma composição instintiva com partes introspectivas e partes descontroladas. É um disco a ser explorado e descoberto pouco a pouco. Um disco vivo e generoso destinado a durar. MondKopf foi eleito um dos maiores artistas do ano pela revista francesa LES INROCKS.
FÓRUM
MESASDe: 12 a 15 de maio, de quarta a sábado, das 19h às 22h
Local: Auditório da Escola de Arquitetura da UFMG
12/05 – PISEAGRAMA
Essa mesa propõe uma discussão em torno dos rumos atuais das cidades, seu desenvolvimento e sua regulação urbana.
Mediadora: Fernanda Regaldo / Cientista política e editora de PISEAGRAMA / BH
Roberto Andrés / Arquiteto e Professor de Arquitetura na UFMG
Carolina Mudado/ arquiteta urbanista e gerente de licenciatura urbanística da Prefeitura
Apolo Lisboa / Coordenador do Projeto Manuelzão
13/05 – OMEMHOBJETO
Essa mesa é resultado do livro “Omemobjeto”, de Guto Lacaz, designer e inventor. O resultado em torno dos 30 anos de realização da sua obra nos convida a refletir sobre a capacidade do design em transformar a sociedade e o homem.
Mediadora: Renata Marquez / Artista, Arquiteta, Professora de Design e Arquitetura na UFMG
Guto Lacaz / Artista multimídia - SP
Marcelo Drummond / Artista gráfico e Professor da Escola de Belas Artes da UFMG
14/05 – PEDREGULHO
Apresentação e discussão sobre a experiência de ocupação artística do edifício Pedregulho, no Rio de Janeiro. A mesa irá discutir sobre como a estadia de artistas, críticos de arte e arquitetos pôs em questão o papel das artes na recriação e resignificação do mundo: temas centrais da relação entre a arte e a sociedade.
Mediador: Wellington Cançado / Arquiteto e Professor de Design e Arquitetura na UFMG
Bia Lemos / Curadora e propositora Projeto Pedregulho - RJ
Cris Ribas / Curadora e propositora Projeto Pedregulho - SP
Marconi Drummond / Curador do Museu de Arte da Pampulha / MAP - BH
KazaVazia / Coletivo de arte - BH
PALESTRA-SHOW
15/05 PORO + GIA
Exibição do documentário "PORO: intervenções urbanas e ações efêmeras" (PORO / AIC) – às 19h
Palestra-Show do Grupo de Interferência Ambiental-GIA / Salvador – às 19h30
Mediador: PORO - Marcelo Terça-Nada! e Brígida Campbell / BH
21h - Lançamento do CD SambaGIA (Amnésia Discos, 2009)
Primeiro projeto musical do GIA. Um trabalho que aproveita a força de aglomeração do samba, para registrar as ações urbanas e situações ambientais propostas e vivenciadas pelo grupo.
MOSTRA DE VÍDEO
Dias 10 e 11 de maio, segunda e terça, das 19h às 20h
Local: Auditório da Escola de Arquitetura da UFMG
Curadoria Vivo arte.mov: Lucas Bambozzi, Rodrigo Minell e Marcus Bastus
10/05 - Mostra Competitiva
Seleção feita a partir dos mais de 2000 trabalhos inscritos nas quatro edições do festival. Videos criados para celulares ou outros meios de fácil acesso, exibidos em telas pequenas ou de baixa definição, na Internet, nas redes sociais. Local: Auditório da Escola de Arquitetura da UFMG, das 19h às 22hSujeito a lotação (140 lugares)
11/05 – Programa Artes LocativasRegistros de performances, projetos e obras que envolvem artes locativas criadas por artistas do mundo inteiro:
· Os Duelistas
· Videoman - videointervenções móveis em contextos urbanos específicos
· Meu nome é Ronaldo
· Paintersflat.net
· Hundekopf, Knife and Fork
· Can you see me now? Shefield
· Loca
OFICINAS
Inscrições gratuitas pelo site: http://www.festivaleletronika.com.br
TÓPICOS EM GAMBIOLOGIA
10 a 14 de maio, das 14h às 17h
Local: Escola de Arquitetura da UFMG
Capacidade: 10 a 15 alunos
Gambiologia é um trabalho de construção de eletrônicos com sotaque antropofágico. Por meio de aparelhos reciclados, traz um novo significado para o contexto tecnológico, ao assumir uma postura de recontextualização criativa de materiais normalmente entendidos como refugo. A elaboração de artefatos de maneira improvisada retrata a espontaneidade do cotidiano das metrópoles e propõe uma reflexão sobre a perecibilidade, deteriorabilidade e reinvenção da tecnologia.Oficina prática direcionada a artistas, designers, desocupados criativos e demais interessados na teoria gambiológica. Serão desenvolvidos objetos de iluminação, peças decorativas e toys (interativos ou não) a partir de materiais reciclados coletados no espaço urbano, utilizando principalmente LEDs e muita improvisação.
Referencias:
www.gambiologia.net
www.graffitiresearchlab.com.br
www.procurado.org
www.osso.com.br
Os ministrantes:
Fred Paulino é artista visual e designer, formado em Ciência da Computação na UFMG e pós-graduado em Arte Contemporânea na Escola Guignard (UEMG). Realiza obras em mídias diversas, desde experimentações gráficas, vídeo e intervenções urbanas até eletrônica e programação de sistemas. Foi diretor criativo do Estúdio Osso e um dos fundadores do Coletivo Mosquito. Lucas Mafra é designer de produto pela Universidade FUMEC. Projeta, desenha e constrói produtos a partir de materiais reciclados, e possui grande experiência na utilização de LED’s e em circuit bending. É hobbysta e auto-didata em eletrônica há mais de 15 anos.
Ambos vivem e trabalham em Belo Horizonte e juntos realizam o projeto GAMBIOLOGIA, projetando aparatos eletrônicos e objetos de design a partir de tecnologias obsoletas. São colaboradores do Graffiti Research Lab (EUA), formando o GRL-Brasil, núcleo tupiniquim do grupo.
PINHOLE NA FAVELA
10 a 14 de maio, das 14h às 18h
Local: Escola de Arquitetura da UFMG e Aglomerado da Serra
Capacidade: 20 alunos
A oficina Pinhole na Favela é composta de aula teórica inicial sobre a história e conceitos básicos de fotografia e sobre a dinâmica do processo de fotografia Pinhole. Também no primeiro dia iremos confeccionar as câmeras a partir de caixas de fósforo, durante os percursos quando os visitantes deverão estabelecer percursos fotográficos. No terceiro dia os alunos deverão levar os filmes para revelação e selecionar as fotografias da exposição (também deixarão os arquivos na gráfica para impressão das fotografias em laserfilm). Na quinta-feira os alunos deverão se reunir na Escola de Arquitetura e começar a desenhar o mapa da favela que será projetado na parede de vidro do hall. Neste desenho serão pontuados os percursos e os marcos fotografados. No último dia os alunos irão construir os circuitos (led e bateria) que ficarão anexados às fotografias que serão fixadas no mapa sobre os roteiros. A ideia é que a exposição seja inaugurada na noite de sexta-feira, com o mapa do aglomerado iluminado pelos pontos fotografados.O resultado esperado é a abertura da exposição no hall da Escola de Arquitetura da UFMG (mapa do aglomerado com os percursos realizados na favela pontuado com sistemas luminosos confeccionados com a impressão das fotos tiradas com pinhole e leds que ficarão pendurados sobre o mapa).
Os ministrantesNatacha Silva Araújo Rena é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Escola de Arquitetura da UFMG em 1995, mestre em Arquitetura pela Escola de Arquitetura da UFMG em 2000, Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC de São Paulo desde 2002. É professora de cursos de graduação em Design na Universidade FUMEC. Professora de Arquitetura e urbanismo da EAUFMG e da Universidade FUMEC. Professora dos cursos de pós-graduação: Design e Moda e Design e Cultura da Universidade FUMEC. Líder do grupo de pesquisa DADAA: Diferenças: Arte, Design, Artesanato e Arquitetura e coordena o Núcleo de Design Sócio-ambiental da Universidade FUMEC onde são realizados Projetos de Extensão e Pesquisas. Bruno O. é graduado em Ciência da Computação pela Universidade FUMEC, atualmente graduando do curso de Artes Plásticas pela Universidade Estado de Minas Gerais (UEMG). Iniciou sua produção fotográfica em 2005. Em 2008, tornou-se membro do coletivo O RÔDO, compondo a equipe de estilo da grife DASPU e participando de diversos outros projetos de design e intervenção urbana. Em 2008 também começou a trabalhar projetos sociais de capacitação em artesanato e design, como o projeto ASAS _Artesanato solidário no Aglomerado da Serra.Suzana Oliveira é artesã do ASAS_Aglomeradas e funcionária da Escola Municipal Pe. Guilherme Peters.
MOBÍLIA INDISCIPLINADA
12 a 14 de maio, das 14h às 18h e dia 15 de maio, das 9h às 19hLocal: Praça da Escola de Arquitetura da UFMG
Capacidade: 15 alunos
Oficina de marcenaria como método de ação com os meios disponíveis (sujeitos + ferramentas + materiais) e ao alcance da mão, investigar e construir mobiliário capaz de instigar ocupações não disciplinadas pela “arquitetura” de nossas cidades.
Espera-se a produção de suportes mobiliários para que uma pequena biblioteca de “livros de ação e cidade” aconteça na pracinha da esquina da Rua Paraíba com Rua Gonçalves Dias.
O ministrante
Adriano Mattos Corrêa é arquiteto pela EA-UFMG, mestre em poéticas da modernidade pela FALE-UFMF : ‘a dádiva de dédalo - por uma arquitetura menor’. Professor de projetos de arquitetura da Escola de Arquitetura da UFMG.
ARQUITETURAS INTERATIVAS
10 a 12 de maio, das 14h às 18h
Local:Escola de Arquitetura da UFMG - LAGEAR
Capacidade: 15 alunos
O LAGEAR (Laboratório Gráfico para Experimentação Arquitetônica) - Escola de Arquitetura da UFMG) é um laboratório computacional voltado tanto para o ensino quanto para a pesquisa na área de arquitetura e novas mídias. São desenvolvidos no laboratório trabalhos que vão desde a investigação sobre o uso de novas tecnologias digitais no processo de projeto arquitetônico até pesquisas de linguagem visual e desenho de interface.
Atualmente uma das principais áreas de investigação do LAGEAR é a implementação de ambientes de imersão de baixo custo associados a sistemas rudimentares de “computação física”.
A equipe do laboratório é formada por professores, arquitetos
pesquisadores e estudantes de pós-graduação e de graduação.
A oficina será desenvolvida em três dias. No primeiro será feita uma
introdução crítica sobre interatividade, apresentando exemplos de
arquiteturas interativas e uma discussão sobre os principais conceitos
que fundamentam as mesmas.
No segundo dia será apresentado um breve panorama sobre sensores e atuadores disponíveis no mercado, assim como exemplos de soluções simplificadas para construção de aparatos interativos de baixo custo. O terceiro dia do workshop será dedicado a um exercício em grupo visando a proposição e desenvolvimento de um objeto ou ambiente interativo.
Ao final será feita uma avaliação crítica dos trabalhos produzidos e sua repercussão no espaço.
ANTI-GUIA DA CIDADE
10 a 14 de maio, das 14h às 18hLocal: Escola de Arquitetura da UFMG
Capacidade: 30 alunos
A oficina 'Anti-guia da cidade' é parte do projeto MUROS.CAMPOS.RODAS, aprovado no Fundo Municipal de Cultura em 2010.Espera-se o fomento da produção de material crítico que pode eventualmente integrar o livro/anti-guia a ser publicado ao final do projeto.
Os ministrantesRoberto Andrés é mestre em arquitetura, professor da UFMG, associado ao escritório Superficie.org e editor da revista PISEAGRAMA. Fernanda Regaldo é mestre em ciência política pela London School of Economics, atua em produções culturais e é editora da revista PISEAGRAMA.
LANÇAMENTOS DE LIVRO
OMEMHOBJETO
Quinta-feira, dia 13 de maio, das 21h às 22h, no Hall da Escola de Arquitetura da UFMG
"omemhobjeto" de Guto Lacaz (Décor Books, 2010)
O humor e a ironia presentes na obra de Guto Lacaz estão reunidos no livro “omemhobjeto” que apresenta 460 imagens dos principais desenhos, objetos, instalações, performances e sites criados pelo artista multimídia.
“Carlos Augusto Martins Lacaz, o Guto, um sujeito tímido a ponto de gaguejar quando topa com desconhecidos, pode inventar qualquer coisa. Ele copia a moça da lata do leite condensado Nestlé e, numa tela, assina e põe à venda. Enfileira oito rádios de pilha sobre um balcão, estica suas antenas, amarra em cada uma delas uma linha, batiza tudo com o nome singelo de Rádios Pescando e parte para outra”, define o escritor Ruy Castro em matéria da revista “Veja”, publicada em 1988, e transcrita em um dos depoimentos do livro, que traz ainda críticas de personalidades como Aracy Amaral, Marcelo Coelho e Marcelo Rubens Paiva, entre outros.
O livro também apresenta textos de Guto sobre sua trajetória profissional, desde o nascimento no ano de 1948, em SP, até a graduação na FAU/USP e o início acidental nas artes plásticas. Essa trajetória, como conta o livro “omemhobjeto”, transcende a arquitetura e as artes plásticas, navegando pelo design em áreas como ilustração, cenografia, e direção de arte. A produção do artista circula entre a ciência e a tecnologia, e faz uma paródia da relação do ser humano com as máquinas e os aparelhos eletrônicos, sempre permeada por fino humor e elegante irreverência.
Ilustrado com imagens de obras como Crushfixo, Óleo Maria à procura da salada, e Cabide Móvel, entre outras, o livro traz ainda capas de discos, livros e revistas, e os logotipos para empresas e os projetos gráficos criados durante os quase 40 anos de carreira de Guto.
PEDREGULHO
Sábado, dia 15 de maio, das 11h às 13h, Café com Letras
Local: Rua Antônio de Albuquerque, 781
Pedregulho: Residência Artística no Minhocão, organizado por Beatriz Lemos e Cristina Ribas (Instituto Cidades Criativas / ICC, 2010)
O Pedregulho é um edifício suntuoso construído em um dos morros na zona central e portuária do Rio de Janeiro. Seu nome de batismo, contudo, é Conjunto Habitacional Prefeito Mendes de Moraes, mas há ainda um terceiro: o prédio é também chamado pelos moradores e habitantes arredores de “Minhocão”, seguramente como referência à edificação principal, um edifício de seis andares em formato curvilíneo, no topo do morro do Pedregulho.
O prédio foi concebido pelo arquiteto modernista Affonso Eduardo Reidy (1909-1964), construído entre 1947 e 1952, com o apoio de Carmem Portinho, Secretária de Obras no período, e desde então figura como um dos ícones da paradoxal modernidade brasileira onde grandes projetos utópicos e formas de vida absurdamente precárias coexistem passivamente.
O projeto Pedregulho Residência Artística realizou, durante 6 meses, quatro residências artísticas com promoção de atividades junto à comunidade do Pedregulho e seu entorno com a participação de arquitetos, urbanistas, pesquisadores, críticos de arte, historiadores, etc. Essa experiência singular e os registros das vivências no complexo e seus desdobramentos por parte dos artistas, as conversas periódicas no MAM (Museu de Arte Moderna / RJ) e textos críticos é tornada pública agora através do lançamento do livro "Pedregulho: Residência Artística no Minhocão", organizado pelas curadoras e propositoras do projeto Beatriz Lemos e Cristina Ribas.
O MELHOR DO INFERNO
Sábado, dia 15 de maio, das 11h às 13h, Café com Letras
Local: Rua Antônio de Albuquerque, 781
Romance que dialoga com as artes eletrônicas, blogs, celulares, as linguagens não-lineares, as ilhas de edição: o tempo é um timecode. Segundo romance de Christiane Tassis, autora de “Sobre a Neblina”, editado no Brasil pela Língua Geral e em Portugal pela Editora Quetzal.
5ª MOSTRA DE CARTAZES MOSTRA DE DESIGN CAFÉ COM LETRAS
Aberta para visitação: de 12 de maio a 06 de junho
Horário de visitação: segunda a quinta-feira, das 12h a 0h; sexta-feira e sábado, das 12h a 1h e no domingo, das 17h às 23h
Local: Rua Antônio de Albuquerque, 781
Os cartazes vem de uma seleção dos participantes do Concurso de Cartazes, realizado na Mostra de Design 2009.
Cidade Eletronika: Participe, ocupe, discuta e traga sua toalha xadrez para muita diversão.
VIVO LAB APRESENTA: CIDADE ELETRONIKA
PATROCÍNIO: VIVO, USIMINAS E CEMIG
APOIO CULTURAL: LEI ESTADUAL DE INCENTIVO À CULTURA E LEI FEDERAL DE INCENTIVO À CULTURA
PROJETO PARCEIRO: VIVO ARTE.MOV
REALIZAÇÃO: MALAB
APOIO: ANO DA FRANÇA NO BRASIL, ALIANÇA FRANCESA, BUREAU EXPORT, O TEMPO, GUIA BH, CAFÉ COM LETRAS E INSTITUTO CIDADES CRIATIVAS
DE 10 A 16 DE MAIO
BELO HORIZONTE
ESCOLA DE ARQUITETURA DA UFMG
CAFÉ COM LETRASRUA PARAÍBA COM RUA GONÇALVES DIAS
INFORMAÇÕES: (31) 2535-3858
WWW.FESTIVALELETRONIKA.COM.BR
Obrigado pela atenção. Para informações adicionais e agendamento de entrevistas, favor entrar em contato com Noir Comunicação Total: (31) 3297-1014 / 9612-7229 ou através dos e-mails: noir@noir.com.br e noir@seven.com.br. Acesse o site: www.noir.com.br
Ana Paula Valois
Angela Azevedo
Laura Capanema
Ludmila Azevedo
Rafael Oliveira
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