sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Tudo é Jazz homenageia Billie Holiday

FESTIVAL TUDO É JAZZ CHEGA À OITAVA EDIÇÃO COM UM TRIBUTO A UMA DAS MAIORES CANTORAS DE JAZZ DO SÉCULO 20: BILLIE HOLIDAY

Homenagem reúne no mesmo palco Madeleine Peyroux, Mart’Nália e a Lady Day All-Star Band, sob direção do arranjador Oded Lev-Ari

Toda a diversidade musical encontrada nas ruas e espaços culturais, no início do século 20, em New Orleans, capital do jazz, é executada até hoje pelos jazzistas contemporâneos em suas brilhantes performances e improvisos. Prova disso é o Tudo É Jazz, realizado desde 2002, em Ouro Preto. E, este ano, o público presente no Festival, durante os dias 18, 19 e 20 de setembro, poderá apreciar o som refinado de grandes nomes do jazz ao ar livre, gratuitamente. Segundo Maria Alice Martins, idealizadora e coordenadora do evento, ter um caráter mais democrático foi onde ela sempre quis chegar. "Isso não irá popularizar o jazz de uma hora pra outra, mas permitirá que um público maior tenha acesso a boa música", afirma Maria Alice.

O Tudo É Jazz chega ao Ano 8, edição 2009, com uma homenagem a uma das maiores cantoras de jazz que o mundo já teve: Billie Holiday, mulher negra, pobre, mas que, de repente, conquistou os ouvidos dos grandes músicos dos Estados Unidos e de vários países. O evento será todo realizado em um palco, localizado no tradicional Largo do Rosário, em Ouro Preto. Serão 11 apresentações em três dias, com a participação de cerca de 70 músicos.

Com curadoria de Maria Alice Martins, a programação traz revelações, como a cantora e guitarrista Kate Schutt; veteranos do jazz, como o guitarrista Bucky Pizzarelli e, mais uma vez, o baixista Ron Carter, até grandes talentos da Escola de Música de Marciac, na França. O tributo a Billie Holiday será realizado no dia 19 de setembro, sábado, com direção musical de Oded Lev-Ari e as participações de Madeleine Peyroux e Mart’Nália e da Lady Day All-Star Band, composta por 6 músicos de peso do cenário jazzístico internacional. O último dia do Festival, 20 de setembro, domingo, será em comemoração ao Ano da França no Brasil, com a apresentação de um quarteto de ex-alunos da Escola de Marciac e da Paris Jazz Big Band, a maior da França.

A revista Down Beat – publicação especializada em jazz e blues – selecionou e convocou 120 críticos de jazz, entre os mais renomados dos EUA e do mundo, para votarem nos melhores artistas do ano. Três músicos que se enquadraram na categoria Rising Stars – que representa os artistas em ascensão – vão exibir para o público do Festival Tudo É Jazz 2009, as performances que lhe renderam as indicações da Revista. São eles: Anat Cohen (premiada nas categorias “Artista do Ano” e “Clarinete”), Marcus Strickland (categorias “Sax Tenor” e “Sax Soprano”) e Lionel Loueke (categoria “Guitarra”).

Programação diversificada e calcada nos grupos de jazz

No Palco do Rosário, onde serão realizadas todas as apresentações, a guitarrista, cantora e compositora Kate Schutt abre o festival na sexta-feira, dia 18, às 20h, ao lado do trio: Terri Lyne Carrington (bateria), Josh Brozosky (baixo) e do convidado especial, o saxofonista John Ellis. Kate Schutt é americana, mas mora atualmente no Canadá. A primeira performance de Schutt na guitarra foi aos 12 anos e aos 13 escreveu sua primeira canção. Ela estudou na The Berklee of Music e na Universidade de Harvard e tem dois álbuns gravados: No Love Lost (2007) and The Telephone Game (2008). Ainda na sexta, às 22h, no mesmo local, o público poderá apreciar o contrabaixista israelense, Avishai Cohen, acompanhado por Lionel Loueke (guitarra e vocal), Omer Avital (baixo) e Daniel Freedman (bateria). Neste show, Avishai Cohen tocará trompete. O músico tem grande interesse pelos ritmos dos países latino-americanos e, inclusive, já teve uma banda que mesclava várias influências latinas. Cohen é considerado pelos críticos norte-americanos um visionário do jazz em proporções globais.

No sábado, dia 19, de 12h às 13h, o Palco do Rosário recebe a Banda Plataforma C, no Jazz do meio-dia. O quinteto, formado em 2005, é composto por André Bessa (sax e flauta), Augusto Rennó (guitarra), Fernando Nugas (teclados), José Carlos (baixo elétrico) e Wallace Campos (bateria). O grupo passeia pela MPB e standards de Jazz. Na sequência, se apresentam o Quarteto Lafé Bémé (Escola de Música de Marciac), às 16h; Leonardo Cioglia Sexteto, às 17h; Duduka da Fonseca Quintet, às 19h e para encerrar a noite, às 21h, será realizado o grande tributo a Billie HolidayWithout Lady Day”, dirigido pelo arranjador Oded Lev-Ari. Para esse show foram convocadas as cantoras Madeleine Peyroux e Mart’Nália e a Lady Day All-Star Band, composta por nomes de primeira linha do jazz mundial, como Ron Carter, bateria; Buck Pizzarelli, guitarra; Antônio Sanchez, bateria; Anat Cohen, sax e clarinete; Ingrid Jensen, trompete; Marcus Strickland, sax e Mulgrew Miller, piano.

No domingo, dia 20, de 12h às 13h, no Jazz do meio-dia, um pouco mais do Quarteto Lafé Bémé. A partir das 17h, Jacques Figueras convida Toninho Ferragutti e seu acordeon “nervoso”, com a participação do pianista Fabio Torres, do violonista Michael Ruzitschka e do baterista Edu Ribeiro. A noite será aberta com quatro grandes ícones da música: Richard Galliano (acordeão), Hamilton de Holanda (bandolim), Jacques Morelembaum (cello) e Bernardo Aguiar (pandeiro e percussão), às 19h. E para encerrar, às 21h, uma celebração, à altura, ao Ano da França no Brasil, com a Paris Jazz Big Band, dirigida por Pierre Bertrand e Nicolas Folmer.

O Festival

Desde o início o Tudo É Jazz foi elaborado como um evento de mão-dupla, que trouxesse a Ouro Preto músicos internacionais e proporcionasse um intercâmbio com os músicos brasileiros e internacionais, através de festivais parceiros. Em 2007, Maria Schneider, considerada a maior compositora, arranjadora e regente mundial do jazz, foi convidada pelo Festival para ser a “música-residente” e ensaiar e reger uma orquestra formada por 25 músicos brasileiros, a maioria de Minas Gerais. A partir de parcerias efetivadas pela produção em 2008 e 2009 é o início do intercâmbio entre o Festival de Jazz de Ouro Preto e dois grandes festivais da Europa, Festival de Jazz de Marciac na França e o Festival de Jazz North Sea em Roterdam na Holanda, além do Festival de Jazz de Santa Lúcia no Caribe proporcionando a grupos brasileiros de qualidade a oportunidade de se apresentarem nestes festivais como convidados. Em contra partida, estes festivais enviarão grupos musicais locais para se apresentarem em Ouro Preto.

Além das apresentações, sempre foi uma preocupação da organização do Festival realizar oficinas e palestras em programas específicos, oferecidos gratuitamente pelos músicos estrangeiros convidados, como contrapartida ao Festival. Desde 2002, mais de 3.000 participantes fizeram parte desses programas, a maioria composta de jovens músicos locais. As conseqüências culturais e educativas desses encontros podem ser avaliadas no desenvolvimento profissional destes jovens. Os participantes tiveram a oportunidade de encontrar seus ídolos e, sobretudo, de se beneficiar dos seus conselhos e de suas experiências.

O Tudo É Jazz sempre priorizou trabalhos autorais, propostas novas e ousadas, trazendo pela primeira vez para a América Latina grupos extraordinários como o E.S.T. (Suécia), Jacob Fred Jazz Odissey, Steve Coleman and Five Elements, Bad Plus, Magic Malik, Kaki King, Galactic, Either Orchestra e muitos outros, difíceis e cerebrais, mas imprescindíveis para o desenvolvimento de uma linguagem nova no jazz. A novidade que ocorreu no jazz nos últimos anos foi a extraordinária propagação que fez dele uma espécie de língua franca da música por todo o mundo. Foi elaborado um projeto que proporcionasse ao público do Festival um contato ao vivo com a música instrumental de qualidade, aprimorando seu senso crítico e possibilitando seu desenvolvimento sócio-artístico-cultural. Ao mesmo tempo, oferecendo qualidades técnicas, as melhores possíveis, para valorizar as apresentações, contratando som, luz e estrutura de palcos das melhores empresas da América do Sul, além dos melhores técnicos para oferecer conforto ambiental para a platéia. A partir de 2009 as apresentações do festival se tornaram totalmente gratuitas ao público.

Hoje o Tudo é Jazz tem em sua programação músicos brasileiros que são mais reconhecidos fora do Brasil do que no seu país de origem. Assim o festival trouxe Raul de Souza num concerto com a Claire Michel Group; Oscar Castro-Neves, que mora a mais de 40 anos fora do país; a adorada pelos críticos e público de jazz nos EUA, Luciana Souza; a aclamada pianista e cantora Eliane Elias; o não devidamente reconhecido como bom músico no Brasil mas adorado no exterior, Ivan Lins que teve como convidado Michel Legrand. O Festival, também, desenvolveu nas várias Agremiações Musicais de Ouro Preto (“Bandas de Música”) e região o gosto pela música de qualidade, proporcionando aos jovens destes grupos o contato com o jazz, a música do Sec. XXI, pela sua originalidade, pela sua evolução constante, sempre influenciada pela história, pelo que acontece agora, no momento atual, absorvendo os sentimentos dos acontecimentos e se tornando um excepcional instrumento pedagógico e cultural.

O Festival proporcionou a criação de um Ponto de Cultura, o Ponto de Cultura do Alto da Cruz, numa ação integrada, com a transversalidade da cultura e gestão compartilhada, entre a Sociedade Musical Senhor Bom Jesus das Flores, a Prefeitura Municipal de Ouro Preto e a ACL - Associação de Cultura Livre. Este projeto tem o objetivo de ser economicamente viável, socialmente justo, ecologicamente correto e modulado pelo respeito à afirmação do local e voltado para uma população infantil e adolescente em situação social de alto risco, seja pela influência das drogas, da bebida alcoólica e da marginalidade, para desenvolver um projeto de inclusão social através da música.

Foi estimado pela Associação Comercial de Ouro Preto que financeiramente o Festival de Jazz é mais lucrativo para a cidade do que a Semana Santa, deixando aportes financeiros anuais de no mínimo 12 milhões de reais na totalidade da região.

2010

Em 2010, o Tributo do Festival será para o maior nome do jazz do mundo: Louis Armstrong, trazendo para o festival, projetos de grandes músicos de todo o mundo em homenagem ao músico que despertou o interesse do público para o gênero: depois dele o jazz cresceu intensamente de uma hora para outra, tornando-se um dos fenômenos culturais mais notáveis da história.

Programação

SEXTA FEIRA – DIA 18 DE SETEMBRO

PALCO DO ROSÁRIO

Dia 18 de setembro

20h

Kate Schutt
Kate Schutt TRIO

Terri Lyne Carrington (bateria)
Josh Brozosky (baixo)
convidado especial: John Ellis (sax)

PALCO DO ROSÁRIO

Dia 18 de setembro

22h

Avishai Cohen

"After The Big Rain"

Avishai Cohen (trumpete)

Omer Avital (baixo)

Daniel Freedman (bateria)

convidado especial: Lionel Loueke (guitarra e vocal)

SÁBADO – DIA 19 DE SETEMBRO

PALCO DO ROSÁRIO

Dia 19 de setembro

12h – 13h (Jazz do meio-dia)

Banda Plataforma C (Banda de MG)

André Bessa (sax e flauta)

Augusto Rennó (guitarra)

Fernando Nugas (teclados)

José Carlos (baixo elétrico)

Wallace Campos (bateria)

PALCO DO ROSÁRIO

Dia 19 de setembro

16h (Jazz do meio-dia)

Quarteto Lafé Bémé (Escola de Música de Marciac):

Leo JASSEF (piano)
Jordi CASSAGNE (contrabaixo)
Theo LANAU (bateria)

Jean DOUSTEYSSIER (clarinete)

PALCO DO ROSÁRIO

Dia 19 de setembro

17h

Leonardo Cioglia Sexteto

John Ellis (Sax)

Mike Moreno (Guitarra/Violão)

Aaron Goldberg (Piano)

Leonardo Cioglia (Contrabaixo Acústico)

Antonio Sanchez (Bateria)

PALCO DO ROSÁRIO

Dia 19 de setembro

19h

Duduka Da Fonseca Quintet

Helio Alves (piano, teclados)

Guilherme Monteiro (guitarras)

Leonardo Cioglia (contrabaixo acústico)

Anat Cohen (sax e clarinete)

Claudio Roditi (trumpete)

PALCO DO ROSÁRIO

Dia 19 de setembro

21h

SPECIAL FESTIVAL PROJECT: TRIBUTE TO BILLIE HOLLIDAY

“WITHOUT LADY DAY”

1915-1959-2009

Musical Director: Oded Lev-Ari

Singers:

Madeleine Peyroux

Mart’ Nália

Lady Day All-Star Band

Ron Carter (baixo)

Bucky Pizzarelli (guitarra)

Antonio Sanchez (bateria)

Anat Cohen (sax e clarinete)

Ingrid Jensen (trumpete)

Marcus Strickland (sax)

Mulgrew Miller (piano)

DOMINGO – DIA 20 DE SETEMBRO

PALCO DO ROSÁRIO

Dia 20 de setembro

12h – 13h (Jazz do meio-dia)

Quarteto Lafé Bémé (Escola de Música de Marciac)

Leo JASSEF pianista
Jordi CASSAGNE (contrabaixo)
Theo LANAU (bateria)
Jean DOUSTEYSSIER (clarinete)

PALCO DO ROSÁRIO

Dia 20 de setembro

17h

Jacques Figueras convida Toninho Ferragutti

Jacques Figueras (baixo)
Fabio Torres (piano)
Michael Ruzitschka (violão)
Edu Ribeiro (bateria)
Part. Especial: Toninho Ferragutti (Acordeon)

PALCO DO ROSÁRIO

Dia 20 de setembro

19h

Richard Galliano (acordeão)

Hamilton de Holanda (Bandolim)

Jacques Morelembaum (cello)

Bernardo Aguiar (pandeiro, percussão)

PALCO DO ROSÁRIO

Dia 20 de setembro

21h

Paris Jazz Big Band

Direçao: Pierre Bertrand (sax) e Nicolas Folmer (trompeta)

Stéphane Chausse e Frédéric Couderc (sax)

Michel Feugère (trompeta)

Philipe Georges e Daniel Zimmerman (trombone)

Gilles Coquard (baixo)

Rémi Vignolo (bateria)

Jean Yves Jung (piano)

Artistas Convidados:

Dia 18 de setembro – Palco do Rosário – sexta-feira

KATE SCHUTT

Formada pela Universidade de Harvard e a Berklee College of Music, aproximou-se do jazz graças ao seu professor de guitarra que a fazia tocar com oito anos ritmos do gênero. Kate é guitarrista, produtora e cantora/compositora. Tem dois álbuns gravados: No Love Lost (2007) and The Telephone Game (2008). Críticas favoráveis ao seu trabalho e a popularidade que as faixas musicais alcançaram nas rádios lhe renderam o reconhecimento necessário para que seu trabalho como compositora fosse levado a sério, e se equiparasse ao de profissionais que atuam no Great American Songbook – publicação que serve de referência para o repertório dos artistas do jazz.

TERRI LYNE CARRINGTON

Terry Lyne nasceu em Medford, Massachusetts. Ela é baterista de jazz, compositora e produtora, já tocou ao lado de célebres artistas, como Dizzy Gillespie, Stan Getz, Clark Terry, Herbie Hancock, Wayne Shorter, Joe Sample, Al Jarreau, entre outros. Em 1983, encorajada por seu professor, Jack DeJohnette, Carrington se mudou para Nova York, onde ela trabalhou com Stan Getz, James Moody, Lester Bowie, Pharoah Sanders, Cassandra Wilson, David Sanborn, e muitos outros. No seu currículo também consta a participação num álbum de Herbie Hancock, que foi premiado com um Grammy, com participações de Joni Mitchell e Stevie Wonder. Com três CDs já lançados, Terri Lyne acaba de tirar do forno o quarto “More to say...” , totalmente autoral.

AVISHAI COHEN

Nascido em família de músicos, seu primeiro instrumento foi o piano. Depois de conhecer o trabalho do lendário baixista de jazz Jaco Pastorius, passou a trabalhar com o baixo elétrico. Mudou-se para Nova Iorque – destino óbvio para os músicos de jazz –, onde conheceu o músico Chick Corea, responsável por lhe oferecer um contrato com sua gravadora, Stretch, bem como uma vaga como baixista de seu novo grupo de jazz. Surgia, assim, sob a tutela de Corea, o sexteto Origin, projeto que serviu de campo de treino para Cohen. Graças à sua participação no grupo, compareceu aos melhores palcos do mundo, aprendeu como estabelecer contato com o público e aprimorou suas habilidades como compositor. Já acompanhou jazzistas como o norte-americano Bobby McFerrin, e também as orquestras filarmônicas de Londres, Israel e o Boston Pops Symphony.

LIONEL LOUEKE

Crescido em meio à música tocada pelo seu irmão e sua banda, o africano Lionel Loueke teve seu primeiro contato com a música quando finalmente pôde usar a guitarra de seu irmão. Sentiu, desde a primeira vez que manuseou, familiaridade com o instrumento. Desde que saiu da África, em 1994, mudou-se para Paris, formou-se na Faculdade Berklee de Música, em Boston, e foi aceito no Thelonious Monk Institute of Jazz, em Los Angeles. Embora tenha tocado e participado de turnês com diversos artistas do jazz - como o sexteto de Blanchard e o quarteto de Hancock -, também gravou dois álbuns de sua autoria em gravadoras independentes. Recebeu, em 2007, uma ótima crítica de Jon Pareles, do New York Times, sobre sua performance solo. Ano passado lançou o álbum “Karibu” pelo célebre selo Blue Note.

OMER AVITAL

Omer Avital nasceu em Isral, mas se mudou para Nova York para tentar uma carreira mais promissora no jazz. Baixista – compositor, seu trabalho é ressaltado por combinar elementos mundiais da música, e não se ater a um só padrão musical. Inspira-se, para seus trabalhos, desde em pequenos grupos de jazz até músicas orquestrais de renome mundial. Aos 17 anos começou a tocar profissionalmente em várias bandas de jazz, pop e folk. As maiores influências dele são Oscar Pettiford, Ray Brown, Paul Chambers e Sam Jones, e também músicos mais contemporâneos, como Scott LaFaro, Eddie Gomez, Charlie Hayden e Ron Carter. Segundo o jornal The New York Times, Omer Avital tem feito um dos mais originais sons de Nova York.

DANIEL FREEDMAN

Daniel Freedman é baterista, percussionista e compositor. Freedman nasceu em Nova York e cresceu num ambiente musical. Estudou com Max Roach, Billy Higgins e Vernel Foumier e mais tarde foi estudar música na África Ocidental, Cuba e Middle East. Foi membro da Jason Lindner´s big band e do sexteto Omer Avitals. Já tocou e gravou com muitos artistas, entre eles Sting. Daniel é um dos líderes da aclamada banda Third World Love, e frequentemente viaja com a banda da clarinetista e saxofonista Anat Cohen.

Dia 19 de setembro – Palco do Rosário – sábado

Plataforma C

Formado em meados de 2005, hoje composto pelos músicos André Bessa (sax e flauta), Augusto Rennó (guitarra), Fernando Nugas (teclados), José Carlos (baixo elétrico) e Wallace Campos (bateria), o grupo “Plataforma C - Instrumental” vem conquistando reconhecimento no cenário musical. Com um seleto e requintado repertório, o grupo passeia desde a nata da MPB aos mais clássicos standards de Jazz, como por exemplo, Garota de Ipanema, Wave, Cantaloup Island, Cinema Paradiso, entre outros. Em 2008 se apresentaram no Festival de Jazz do Rio das Ostras, em maio, entre outros eventos.

QUARTETO LAFÉ BÉMÉ (ESCOLA DE MÚSICA DE MARCIAC)

Os quatro jovens músicos que se encontraram quando estavam cursando (aos 11 anos de idade) a 5ª série do Ensino Fundamental no Colegio de Marciac, formam, atualmente, o Quarteto Lafé Bemé, composto de um clarinetista (Jean Dousteyssier), um pianista (Léo Jassef), um contrabaixista (Jordi Cassagne), um baterista (Théo Lanau), e podem ser considerados como agentes e “porta-vozes” de uma experiência excepcional, seja no plano individual, seja no plano coletivo. Esses jovens talentos que, atualmente, dão continuidade a seus estudos nos conservatorios de Bordeaux, Toulouse, Paris e La Haye (Holanda), podem servir de “ponte” entre a França e o Brasil e dar origem a projetos de intercâmbios escolares ou profissionais. A série de concertos organizados em várias cidades do Brasil possibilitará que esses jovens artistas encontrem seus homólogos brasileiros, assim como grupos de jovens músicos oriundos de meios desfavorecidos, para os quais a música é o passaporte para o futuro. A variedade e o alcance das competências musicais do Quarteto permitem a esses jovens se adaptarem às solicitações e expectativas de seus parceiros. Na verdade, eles são capazes de fazerem interpretações e criações em diversos estilos musicais. Sua evolução, tanto no aspecto tonal quanto no da audição e da atenção mútuas, permite presumir-se a capacidade que têm de improvisar e compor na companhia de músicos brasileiros, também detentores de um patrimônio musical cuja riqueza é única no mundo. Apaixonados pelo jazz, começaram pelo jazz tradicional e, posteriormente, a ele incorporaram alguns ritmos binários e sons elétricos próximos do rock, melodias e harmonias da música judaica Klesmer e composições livres (free jazz).

LEONARDO CIOGLIA

O brasiliense estuda música desde os sete anos de idade, estudou na Escola de Música de Brasília e a partir daí passou a se dedicar ao contrabaixo acústico. Formou-se na Berklee College of Music, uma das maiores faculdades de música do mundo e na Emmerson College fez um mestrado em artes mídiaticas e visuais. Arranjador, produtor musical, comunicador, dono de um selo e de um guia virtual de músicos e trabalhos em Nova Iorque, o contra-baixista brasiliense Leonardo Emanuel Martins Cioglia vai lançar no Tudo é Jazz seu primeiro CD como compositor: CONTOS! Neste trabalho, o baixista conta histórias de sua grande família através de melodias ora suaves, ora intensas, ora melancólicas, ora preenchidas com um delicado sabor de resgate cultural e reafirmação de suas origens e valores. Participou e encabeçou vários projetos musicais que resultaram em discos como o Zabumbatuq (1995), Quizamba – Bean Oil in a Pot (1999) e produziu e arranjou outros vários trabalhos ao lado de músicos de renome no mundo do jazz como Duduka da Fonseca, Jimmy Cobb, Claudio Roditi, Paulo Moura, Maucha Adnet, Vic Juris, Hendrik Meurkens, Cliff Korman, Rob Bargad, Dave Pietro, George Schuller, Chiara Civello e Anat Cohen

JOHN ELLIS

Seu mentor foi o renomado saxofonista James Houlik, enquanto cursava a North Carolina School of Arts. Entre os músicos com os quais já trabalhou estão Ellis Marsalis, Jeremy Montiero e Charlie Hunter. Foi em New Orleans que ele realmente começou a estudar jazz seriamente. Lá, formou seu primeiro grupo e gravou o álbum “Language of Love”, em 1996. De lá pra cá já são seis trabalhos lançados. Ele é considerado como um dos mais excitantes saxofonistas da cena de jazz atual. Como compositor e músico é responsável por formar uma nova geração de fãs de jazz.

Mike Moreno

O guitarrista texano Mike Moreno não precisou esperar muito para ver o seu talento ser reconhecido: logo após se formar pela Houston High School for Perfoming and Visual Arts, foi chamado para tocar ao lado de artistas do jazz já admirados mundialmente: The Joshua Redman Elastic Band, Wynton Marsalis and the JALC Orchestra, Leonardo Cioglia e Kenny Garrett Quintet – apenas para citar alguns. Logo que se formou em Houston foi para Nova York e logo conseguiu seguir tocando na cena de jazz novaiorquina. Lançou seu primeiro álbum “Between The Lines” em 2007.

AARON GOLDERG

Começou suas lições de piano aos sete anos de idade. O reconhecido trabalho de Aaron Goldberg, tanto solo quanto com seu trio, já lhe rendeu parcerias com Madeleine Peyroux, Lincoln Center Jazz Orchestra e músicos da nova geração de jazz, como John Ellis e Jimmy Greene. Tem três álbuns solos gravados e alguns em parceria com Omer Avital, Marc Turner e Marc Miralta. O último cd lançado em 2008 tem dez faixas, sendo sete de sua autoria, “Lambada de Serpente”, de Djavan e “Modinha” e Inútil Paisagem, de Tom Jobim. E, ainda, a cantora brasileira, Luciana Souza, é uma das convidadas do trabalho.

ANTONIO SANCHEZ

O mexicano começou a tocar piano aos cinco anos de idade e, no início da adolescência, passou a se apresentar profissionalmente. Adquiriu um diploma em piano clássico no Conservatório Nacional do México e em 1993 se matriculou na Berklee College of Music, em Boston, onde se formou com honras. Frequentemente, Antonio trabalha com grandes nomes da nova geração do jazz contemporâneo, tais como Joshua Redman, Chris Potter, David Sanchez, Marcus Roberts e Avishai Cohen. Gravou, em 2007, seu primeiro álbum solo, que contou com as participações de Chick Corea e Pat Metheny, entre outros. Foi avaliado, em 2007, como um dos melhores estreantes do ano, de acordo com a revista All About Jazz.

Helio Alves

Hélio Alves nasceu em São Paulo em 1966 e começou a ter aulas de piano aos 6 anos de idade. Formou-se na Berklee College of Music, em Boston, e pouco tempo depois se mudou para Nova York. Já gravou com Rosa Passos e Joyce e entre 1995 e 1997 teve um quarteto que celebrava a música de Tom Jobim. Além de outros trabalhos com músicos renomados, participou de projetos indicados e premiados com o Grammy – como o Joe Henderson´s Big Band e o Samba Jazz Fantasia, com Duduka da Fonseca – o que o ajudou a se fortalecer no meio musical.

Guilherme Monteiro

Guilherme Monteiro é guitarrista, brasileiro, radicado em Nova York. Já acompanhou a cantora Bebel Gilberto em vários shows pelo mundo. Aos dezenove anos já se apresentava ao lado de grandes músicos, como Toninho Horta e Tavinho Moura. Dentro do seu vasto currículo, destacam-se apresentações com o guitarrista Lionel Loueke e participações ao lado de Ron Carter. Guilherme teve grande participação na formação do baixista Alberto Continentino e de outros grandes músicos brasileiros.

ANAT COHEN

Compositora, em sintonia tanto com o jazz tradicional como o moderno, Anat Cohen acabou de ser premiada pela revista Down Beat - publicação especializada em jazz e blues – nas categorias “Artista do Ano” e “Clarinete” .Nasceu em Tel Aviv, Israel e cresceu em meio à música: seu irmão mais velho, Yuval, é um saxofonista e o mais novo, Avishai, um dos trompetistas mais requisitados de Nova Iorque. Iniciou seus estudos com o clarinete aos 12 anos e aos 16 juntou-se à banda da sua escola e começou a tocar o sax tenor. A artista já foi contemplada antes com outros títulos, inclusive da Down Beat: em 2007 e 2008, no primeiro lugar da categoria Rising Stars - Clarinete, e segundo lugar como Artista de Jazz, marcando a posição como a única mulher a entrar na lista.

Claudio Roditi

Claudio Roditi aos dezoito anos de idade foi finalista do International Jazz Competition, em Viena. No início dos anos setenta partiu para Boston a fim de estudar na Berklee College. Em 1976, Roditi fixou-se em Nova York e lá tocou e gravou com músicos de peso, geralmente ligados ao latin jazz, tais como Herbie Mann, Arturo Sandoval, Charlie Rouse e Paquito D’Rivera. Foi convidado em 1988 por Dizzy Gillespie para participar da United Nations Orchestra. Tocou também com Paquito D´Rivera, grande saxofonista alto e clarinetista cubano. Seu estilo lembra muito seu grande ídolo, Lee Morgan, ao qual dedicou um de seus discos. Apaixonou-se pelo jazz ouvindo Louis Armstrong e Harry James. Artista versátil, também tem seu trabalho reconhecido graças à sua atuação como compositor, arranjador, líder ou acompanhante de bandas. Seus treze álbuns foram recebidos com entusiasmo pela crítica.

SPECIAL FESTIVAL PROJECT: TRIBUTE TO BILLIE HOLIDAY “WHITOUT LADY DAY” – 1915 - 1959 – 2009

ODED LEV-ARI

Nasceu em Tel Aviv, Israel e já se estabeleceu como um dos músicos mais talentosos e versáteis de sua geração. Trabalhou com Anat Cohen no disco “Noir”, um dos melhores álbuns de 2007. Ele freqüentou a Thelma Yelin High School for the Arts e serviu na Israeli Defense Force Orchestra. De 1993 a 1996 Oded ocupou a posição de arranjador da Dan Shilon – Live!, um talk show para televisão. Ele já escreveu mais de 500 arranjos e composições para orquestra de Câmara, Jazz Big Band, Wind and Symphony. Graduou-se com honras na New England Conservatory of Music, onde ele estudou com o renomado trombonista Bob Brookmeyer. Oded tem sido muito ativo na educação para músicos amadores e pessoas de todas as idades. Alguns dos trabalhos de pesquisa de Oded têm sido notícia de destaque na Harvard Graduate School of Education. Lev-Ari vem trabalhando no desenvolvimento e pesquisa de improvisação e composição para crianças, adolescentes e adultos e desenvolve workshops de composição e improvisação para não músicos

Madeleine Peyroux

Freqüentemente chamada de “Billie Holiday do século XXI”, Madeleine une, em seu repertório, standards famosos e belas versões jazzísticas de compositores pop como Joni Mitchell, Leonard Cohen e Tom Waits. Madeleine Peyroux nasceu em Atenas no estado da Geórgia, EUA, e cresceu entre o Brooklyn, no sul da Califórnia, e Paris, embora tenha sido na Cidade Luz que descobriu sua voz. Como adolescente, sentiu-se atraída pela música tocada nas ruas e, em 1989, começou a tocar com um grupo de músicos de rua. Entrou depois para a Lost Wandering Blues & Jazz Band, tornando-se a única mulher do conjunto, que fez turnês pela Europa durante vários anos. Madeleine estourou no cenário das gravadoras em 1996, com sua fantástica estréia no álbum “Dreamland”. Foi recebida com uma verdadeira corrente de críticas positivas. A maioria elogiou suas performances em ambientes de fumaça e uísque, frequentemente comparada com a grande e saudosa Billie Holiday. “Careless Love”, na Rounder Records, saiu em setembro de 2004, oito anos depois de Dreamland. Madeleine passou muito tempo entre “Dreamland” e “Careless Love” fora da vida pública. Mas nunca deixou de cantar, retornando às suas origens de cantora de rua com performances públicas e apresentações em casas noturnas mundiais, entre Los Angeles (Nova Orleans e Nova Iorque) e a Europa Ocidental, antes de fechar contrato com a Rounder Records em 2003. Depois de “Careless Love”, Madeleine gravou “Half the Perfect World”, editado em setembro de 2006, novamente juntando Madeleine e o produtor Larry Klein. “Half the Perfect World” retoma e desenvolve o roteiro trilhado por “Careless Love”, apresentando diversos compositores, inclusive a própria Madeleine.

MART'NÁLIA- cantora convidada

Mart'nália é uma mescla de Martinho da Vila, seu pai e Anália, sua mãe. Mart’nália vive música 24 horas por dia e como todo artista é sonhadora. É musicista, cantora e compositora e já tem sete discos gravados e dois DVD’s: MART'NÁLIA, LP - 1987; MINHA CARA, CD - 1997; PÉ DO MEU SAMBA, CD - 2002; MART'NÁLIA AO VIVO,CD - 2004; MART'NÁLIA AO VIVO,DVD - 2005; MENINO DO RIO,CD - 2005; MART'NÁLIA AO VIVO EM BERLIM,CD/DVD - 2006; MADRUGADA, CD - 2008. Os três últimos já foram lançados em Portugal e o último está para ser lançado nos Estados Unidos e toda a Europa. O canto de Mart’nália é doce, negro, suingado e o seu timbre é especial. Gosta de dançar, toca violão e é percussionista de quase todos os instrumentos de ritmo, além de ser membro da Ala de Compositores de Vila Isabel.

RON CARTER - contrabaixo

Ron Carter é um dos mais admirados e respeitados contra- baixistas da atualidade. De acordo com os sítios da gravadora Blue Note e dele próprio, Carter figurou em mais de 3000 gravações como sideman (acompanhante), além de gravar mais de 50 álbuns como líder. Tocou no quinteto de Miles Davis de 1963 a 1968, na notável formação "moderna" que incluía também o pianista Herbie Hancock,o baterista Tony Williams e o saxofonista George Coleman (substituído depois por Wayne Shorter). A lista de grandes nomes com os quais tocou inclui Tommy Flanagan, Gil Evans, Bill Evans, Dexter Gordon, Wes Montgomery, Eric Dolphy,Don Ellis, Cannonball Adderley, Mal Waldron,Thelonious Monk, George Benson, Sonny Rollins, McCoy Tyner, Freddie Hubbard, Cedar Walton, Jim Hall, George Duke, Lena Horne e Aretha Franklin. Dono de uma vasta cultura musical, o versátil Carter trabalhou dentro de variados estilos musicais: jazz-rock, experimentos em música erudita de câmara, jazz mainstream, música de influência brasileira, etc. Em todos esses gêneros, e com as mais diferentes formações, Carter imprime sua marca: som encorpado, rico timbre "de madeira", afinação perfeita, improvisos bem desenvolvidos, swing impecável. Tendo começado na juventude a estudar música com o violoncelo, mesmo passando para o contrabaixo, Carter não deixou de lado o apreço pela tessitura aguda dos instrumentos graves. Assim, freqüentemente ele troca o contrabaixo convencional pelo contrabaixo piccolo, que toca com a mesma técnica impecável. Outro aspecto interessante é que, quando toca como líder, Carter às vezes recruta outro contrabaixista para fornecer uma base rítmica sólida enquanto ele se lança em solos mais aventurosos. Recebeu prêmios Grammy, e também prêmios do Detroit News, da National Academy of Recording Arts and Sciences e da revista Down Beat. Graduado,mestre e doutor em música, Carter também tem uma sólida carreira como professor, educador e regente. Também compôs diversas trilhas sonoras para cinema.

BUCKY PIZZARELLI - guitarra

O guitarrista, Bucky Pizzarelli, começou a estudar com seus tios, ambos guitarristas profissionais, ao mesmo tempo que freqüentava a escola local de Paterson, a cidade onde nasceu. Em 1941 obteve seu primeiro contrato profissional em uma orquestra de bailes e aos dezessete anos entrou para a banda Vaughan Monroe, e com ela fez uma turnê de 3 meses. Depois de servir o exército, em 1946, já licenciado, volta para a banda de Monroe com quem tocou por mais cinco anos. Em 1952 regressou a New Jersey e tocou em um trio liderado por Joe Mooney, que não obteve êxito, para sobreviver aceitou um trabalho fixo num programa de televisão da Rede NBC. Alternou, não obstante seu trabalho na televisão, com alguns trabalhos em clubes da cidade fazendo parte de algumas orquestras de tamanho médio, entre elas, a mais importante foi de Les Elgart. De 1955 a 1957, tocou com "The Three Sins", realizando várias turnês e tendo ocasião de tocar com vários músicos de jazz, como o guitarrista, George Barnes. En 1967, escutou num club de New York, o músico George Van Eps, tocando guitarra de sete cordas e, surpreendido pelas maiores possibilidades expressivas do instrumento, decidiu dedicar-se ao mesmo. En 1970, Bucky entrou para a orquestra de Benny Goodman, com quem permaneceu por 4 anos seguidos percorrendo em turnês os Estados Unidos e Europa. Com Goodman chegou a gravar dois álbuns em Estocolmo em uma destas turnês. Bucky Pizzarelli, chegou aos anos 70 no seu maior esplendor profissional quando voltou a formar o lendário duo com George Barnes, e trabalhando também com Zoots Sims, Stephane Grappelli e outras lendas do jazz. Bucky Pizzarelli, sempre foi um guitarrista de enorme valor técnico e expressivo.

INGRID JENSEN- trompete

Nascida em 1967 no Canadá, Ingrid se tornou, a partir de meados dos anos 90, uma das grandes atrações do trompete no cenário americano. Seria comum esse fato se não se tratasse da ascensão de uma mulher num terreiro predominantemente masculino onde, ano após ano, surgem ínumeros jovens talentos que, na maioria das vezes, são apadrinhados pelos grandes mestres que já estão na ativa por algum tempo compactuando, rivalizando, dividindo idéias técnicas e concepções musicais em torno desse grande instrumento do jazz. Mas quando o assunto é talento, não se tem muito o que questionar, já que no caso de Ingrid Jensen esse elemento é bem aparente. A sua mais recente e permanente colaboração como sideman é na orquestra de Maria Schneider,onde é uma das principais solistas. Enfim,ao ouvir os trabalhos de Ingrid Jensen, não se tem dúvida que se trata de um dos maiores nomes do trompete moderno que, apesar de recentemente ter apelado para elementos modernos como a eletrônica, tem feito um jazz fresco mantido nas linhas entre o Hard Bop de Woody Shaw e o Modern Creative de Maria Schneider e Dave Douglas. Ingrid Jensen, aos 41 anos, goza de uma repercussão tão significante que pode-se dizer que ela não é só uma das mulheres mais notáveis do jazz moderno como também figura ao lado de Dave Douglas como uma das maiores trompetistas da atualidade.

MARCUS STRICKLAND - sax

Strickland nasceu em 1979 em Miami - Florida, mas mudou-se para Nova Iorque em 1997. O seu pai, baterista e entusiasta do jazz, foi uma das suas primeiras influências. Juntamente com o irmão gêmeo, o baterista E. J. Strickland que atualmente integra o seu quarteto, M. Strickland cresceu ouvindo a música de Miles Davis, John Coltrane, Crusaders, Stevie Wonder, entre outros. Apesar da sua curta carreira, M. Strickland já tocou com nomes como Roy Haynes, Mos Def, Dave Douglas, Nicholas Payton, Jeff "Tain" Watts, Will Calhoun,Charles Tolliver, entre outros, o que tem contribuído para a sua rápida progressão e formação. Os discos "Fountain of Youth", de Roy Haynes, e "Keystone", de Dave Douglas têm a sua participação e foram nomeados para os Grammy Awards. Strickland tocou também com algumas das melhores big bands do mundo: THE CARNAGIE HALL BIG BAND, THE MINGUS BAND, THE VILLAGE VANGUARD BAND, MILT JACKSON BIG BAND e THE LINCOLN CENTER JAZZ ORCHESTRA. Em 2006, foi distinguido pelos leitores da prestigiada revista "JazzTimes" que o nomearam "Melhor Artista Revelação", e em 2008 pelos críticos da revista "Downbeat". Recentemente abraçou um projeto pessoal mais ambicioso, criando a sua própria editora, "Strick Muzik", na qual editou, em 2006, o bem sucedido CD duplo "Twi-Life" e, em 2007, realizou um álbum ao vivo, "Open Reel Deck".

MULGREW MILLER - piano

Mulgrew Miller nasceu em Greenwood, Mississipi, em 1955. Aos seis anos tocava melodias de ouvido, aos oito teve a primeira aula de piano, e aos dez já acompanhava o seu irmão mais velho em apresentações. Mas foi ao ouvir pela primeira vez um disco de jazz do pianista Oscar Peterson que Mulgrew Miller descobriu o caminho que a sua paixão lhe destinara. "Fui completamente arrebatado", recorda "esse disco mudou a minha vida. Nesse momento soube que queria ser pianista de jazz". A sua carreira profissional teve início aos vinte anos com a Duke Ellington Orquestra. Durante os anos de formação como sideman, Mulgrew trabalhou também com os Jazz Messengers de Art Blakey,com o Quinteto de Woody Shaw e com o grupo de Betty Carter. Foi ainda um dos membros fundadores do Quinteto de Tony Williams. A experiência obtida ao lado destes grandes músicos garantiu a Mulgrew Miller uma rápida integração na comunidade jazzística nova-iorquina.Em 1985 gravou o primeiro disco como líder, para a editora então dirigida pelo produtor Orrin Keepnews - Landmark. Nos anos 90, Mulgrew expandiu a sua carreira como líder dos seus próprios trios e quintetos, gravando um impressionante número de discos para a RCA/Novus. Recentemente, Mulgrew tem integrado o trio de Ron Carter, juntamente com o mago guitarrista Russel Malone. Mulgrew Miller já gravou com quase todos os grandes nomes do jazz, desde Joe Lovano a Nicholas Payton. Com efeito, é um dos músicos do panorama jazzístico atual com mais discos gravados (cerca de 400), ficando em segundo lugar apenas atrás de Kenny Barron. Desde 2006 ocupa o cargo de Director of Jazz Studies na William Paterson University.

Dia 20 de setembro – Palco do Rosário – domingo

Jacques Figueras

Realizou diversas turnês pela Europa e Estados Unidos. Desde 1996, Jacques Figueras vem se apresentando no Brasil, quando começou a se familiarizar com a música brasileira. Trabalhou com grandes nomes do jazz como Bob Cranshaw, Jeff Andrews, George Garzone e Phil Markowitz. Figueras já produziu um álbum em homenagem ao músico Hermeto Pascoal. Jacques Figueras apaixonou-se pela música de Hermeto em 2002, durante a sua estadia na New School. Tomou rapidamente consciência que esta música iria favorecer o encontro entre as suas duas grandes paixões, ou seja, o jazz e a música brasileira. O baixista francês mudou-se para São Paulo, em março de 2006, a fim de alargar a sua experiência musical e dar seguimento a dez anos de uma história de amor com a música brasileira.

FABIO TORRES – piano

Entre seus trabalhos, destaca-se sua participação na Orquestra Brasileira Escandinava, nos tributos a artistas como Baden Powell, Dick Farney e Chico Science, além de trabalhos ao lado de Milton Nascimento, Sérgio Mendes e Vanessa da Mata. Fabio formou-se em piano erudito e ingressou no curso de Composição na Escola de Comunicações e Artes da USP. Em 1992, formou a "Banda Mistura e Manda" e no ano seguinte, venceu o "III Prêmio Nascente" na categoria Música Popular. Gravou ainda o seu primeiro CD com a "Banda Mistura e Manda", onde atuou como arranjador e compositor. Em 1994, grava o CD "Nas quebradas do Sertão", de Dominguinhos e foi chamado por Vânia Bastos para integrar sua banda. Em 1997 grava faixas no CD do grupo "Nação Zumbi" em homenagem póstuma ao cantor Chico Science. Forma-se bacharel pela ECA/USP. Em 1999 passa a trabalhar com a cantora Rosa Passos. Em 2002, integra show de Chico Pinheiro ao lado das cantoras Luciana Alves e Maria Rita Mariano. Em 2004, na Espanha, realiza shows e masterclasses sobre música brasileira. Em 2005 grava documentário sobre a bossa nova e lança o CD "Corrente". Já em 2006, acompanha Fátima Guedes, Zizi Possi, Dominguinhos, Filó Machado e Chico Pinheiro. Em 2007, faz temporada com Rosa Passos no Teatro Fecap, apresenta-se em duo com Chico Pinheiro no Festival Instrumental de Tatuí e na Virada Cultural da Cidade de São Paulo.

MICHAEL RUZITSCHKA – violão

O violonista e guitarrista proveniente da Áustria se dedica à música desde muito jovem. Seu primeiro contato com música brasileira foi na adolescência quando apresentou um concerto solo para violão clássico em que tocou obras de Villa Lobos e Laurindo Almeida. Já iniciado à música popular brasileira, mergulhou em Baden Powell, João Gilberto e Tom Jobim e logo após no violão de João Bosco, Gilberto Gil e Filó Machado. Em 1998 graduou-se no Conservatório de Jazz na Áustria com um trabalho de conclusão de curso focado em música brasileira. Depois ganhou uma bolsa para estudar nos Estados Unidos na renomada Berklee College of Music em Boston onde passou quatro anos aprofundando seus conhecimentos no Jazz. Ao lado da cantora Giana Viscardi, como seu parceiro e diretor musical, gravou dois discos e se apresentou por países do mundo como Alemanha, Áustria, Espanha, Luxemburgo, Inglaterra, México, Tailândia, Japão e Suíça, tendo já tocado no internacionalmente conhecido Festival de Jazz de Montreux. Mudou-se para Brasil em 2003 e desde então dedica-se à composição e arranjo e tem trabalhado ao lado de artistas como Elba Ramalho, Chico César, Tatiana Parra, Mário Manga, Wandi Doradiotto, Célia, Ana Caram, Marcelo Pretto e Itamar Colasso (Zimbo Trio). Em 2008 gravou o disco “Nosso“ de Dani Gurgel, no qual também assina os arranjos de várias faixas. Entre os parceiros mais recentes constam Chico César e o artista plástico Clima.

Edu Ribeiro (bateria)

O baterista catarinense Edu Ribeiro aprendeu a tocar por conta própria aos 8 anos, e aos 11 já se apresentava em bailes com a banda de sua família. No período em que cursava música popular na Unicamp, aproximou-se da música instrumental, e seu grupo Água (com Chico Saraiva e José Nigro) foi um dos selecionados para o projeto de música instrumental O Som da Demo, promovido pelo SESC/SP em 1995. Em 1996 muda-se para São Paulo, onde tem a oportunidade de trabalhar com vários artistas, entre eles Yamandú Costa, Chico Pinheiro, Johny Alf, Rosa Passos, Arismar do Espírito Santo, Joyce, Dori Caymmi, Léa Freire, Bocato, Hamilton de Hollanda, Toquinho, Paulo Moura, Dominguinhos, Toninho Ferragutti, Ernán Lopez-Nussa, entre outros. Sua experiência no exterior inclui festivais como o Festival de Montreux, Kutchan Jazz Festival e Blue Note Yokohama, Parliament Jazz Festival, Imst Jazz, Festival de Frascatti e Niemegen, e em teatros na Espanha, Itália, Portugal, Alemanha, Tailândia, Singapura, Taiwan, Chile e Equador. Edu trabalha como professor na Faculdade Santa Marcelina e realiza workshops para alunos de bateria da Unicamp. Como trabalho próprio, lançou os CDs “Corrente”, (com Paulo Paulleli e Fábio Torres - 2005), “Horizonte” (com Daniel D’Alcântara, Vitor Alcântara, Sizão Machado e Tiago Costa -2003) e “Água” (com Chico Saraiva e Zé Nigro -1999), e foi responsável pela trilha do documentário “Carroceiros”, do diretor Alexandre Rathsam (2005).

Toninho Ferragutti

Músico acordeonista e compositor, natural da cidade de Socorro, interior do Estado de São Paulo. É filho de Pedro Ferragutti, também músico saxofonista e compositor. O estudo de música teve início em casa com seu pai, e também em rodas de choro, grupos de baile, grupos de música gaúcha, gafieiras, conservatório e aulas particulares de harmonia e acordeom. Cursou três anos de veterinária na Unesp de Botucatu, curso que abandona no último ano para se mudar definitivamente para São Paulo, onde começa sua carreira como músico profissional, tocando em programas de televisão, gravações de discos e gravações de trilhas para cinema, novelas e atuando em shows e CDs de grande parte dos artistas nacionais (Mônica Salmaso, Antônio Nóbrega, Elba Ramalho, Chico César, Lenine, Elza Soares, Grupo Corpo, Marisa Monte, Mario Adnet e Proveta, entre outros) e em grupos de música instrumental, participações como solista da Orquestras Jazz Sinfônica de São Paulo, da Orquestra Petrobras Pró-musica, sob Regência de Wagner Tiso e Isaac Karabichevsky e também na orquestra da maestrina e compositora americana Maria Schneider.

Richard Galliano

Estudou piano e acordeão com seu pai antes de iniciar seus estudos no Nice Conservatory. Enquanto estudava na academia, também participou de competições internacionais de acordeão. Ganhou o primeiro prêmio na “Copa do Mundo” do instrumento dois anos seguidos (em 1966 em Valência, Espanha, e em 1967 em Calais, França). Trabalhou com músicos como Claude Nougaro, Serge Reggiani, Juliette Gréco, Catherine Ringer e Ron Carter, apenas para citar alguns. Foi convidado, em 1983, para fazer uma apresentação solo de bandoneon no Comédie Française, em Paris, na peça “Sonhos de Uma Noite de Verão”, de William Shakespeare. Entre os vários prêmios que ganhou durante sua carreira, destacam-se o de melhor músico de jazz do ano de 1993, pela Academie du Jazz, e aqueles referentes aos seus álbuns: todos os que lançou ganharam ou foram indicados a alguma categoria em renomados festivais de premiação musical, como o Victoire de la Musique e o Musica Jazz. Durante os últimos anos, esteve em turnê com diversos músicos, ou participando de gravações.

Hamilton de Holanda

Hamilton de Holanda é um artista versátil, com um trabalho maduro, respeitado pela classe e que carinhosamente recebeu da imprensa francesa o título de "Príncipe do Bandolim". Foi professor da Escola de Choro Raphael Rabello. Foi premiado com a 3ª colocação no I Prêmio VISA - resultado contestado por todo o público presente àquela ocasião. Ganhou por unanimidade, e nas duas categorias, erudito e popular, a única edição do Prêmio de Melhor Instrumentista Icatu Hartford de Artes 2001, o que lhe permitiu viver em Paris por um período de um ano apenas com o objetivo de ampliar seus horizontes musicais e compor. Hamilton vem se apresentando em diversos eventos e festivais de grande importância, no Brasil e no Mundo, recentemente em turnê européia dividiu o palco com o acordeonista Richard Galliano e John Paul Jones do Led Zeppelin, além de uma noite singular com os músicos do Buena Vista Social Club.

Jacques Morelembaum

Filho do maestro Henrique Morelenbaum e da professora de piano Sarah Morelenbaum. Irmão de Lucia Morelenbaum, clarinetista da Orquestra Sinfônica Brasileira, e de Eduardo Morelenbaum, maestro, arranjador e instrumentista. É casado com a cantora Paula Morelenbaum. Iniciou a carreira musical como integrante do grupo A Barca do Sol, participou também da Nova Banda em dez anos de parceria realizada com Antônio Carlos Jobim, atuando em espetáculos e gravações que os levaram a vencedores do Grammy com o CD Antônio Brasileiro. Destacado como violoncelista, estudou música no Brasil e mais tarde ingressou no New England Conservatory of Music onde frequentou as clases de Madaleine Foley, que por sua vez foi discípula direta de Pablo Casals. Em 1995 integrou o Quarteto Jobim Morelenbaum (juntamente com Paula Morelenbaum, Paulo Jobim e Daniel Jobim) com o qual excursionou várias vezes à Europa, incluindo apresentação na Expo'98 realizada em Lisboa, além de constantes apresentações nos Estados Unidos e no Brasil e uma gravação do CD Quarteto Jobim Morelenbaum. Formou juntamente com Paula Morelenbaum e o renomado pianista e compositor japonês Ryuichi Sakamoto o grupo M2S, com o qual gravou vários projetos, incluindo os memoráveis Casa e A day in New York.

BERNARDO AGUIAR

Bernardo Aguiar nasceu em 1984, no Rio de Janeiro, é pandeirista profissional e já se apresentou com o Pife Muderno, Rodrigo Lessa e Eduardos Neves. Aguiar tira grooves e drum' bass deste instrumento com muita competência. Aos 9 anos já tocava na escola de samba Unidos do Santa Marta e aos 14 ingressou na Orquestra Pandemonium. Aprendeu e tocou com mestres de percussão brasileiros como Robertinho Silva, Marcos Suzano e Naná Vasconcelos.

PARIS JAZZ BIG BAND

A Paris Jazz Big Band, dirigida por Pierre Bertrand e Nicolas Folmer, é uma das mais belas orquestras francesas de jazz, constituída por dezesseis músicos entre os melhores solistas e artistas de jazz da França, e valorizados há quatro anos nas mais prestigiosas salas: Palácio dos Congressos de Paris, Olympia, Palácio dos Congressos do Mans. Com um repertório de criação de Pierre Bertrand e Nicolas Folmer, o P.J.B.B. é, sem discussão, uma das grandes formações que não pode faltar no panorama musical atual. A originalidade, a qualidade e o temperamento explosivo do P.J.B.B. valeu para associar seu nome a artistas tão influentes como CLaude Nougaro, Diana Krall, Johnny Griffin, Richard Galliano, Louis Winsberg, Anne Ducros, Bireli Lagrene, Henri Salvador, Michel Legrand, Sacha Distel, Marc Berthoumieux, Peter Kingsbery, Jo-Ann Pickens e muitos outros. O P.J.B.B. goza de um sucesso importante tanto junto ao público, o que é confirmado pelos 11000 álbuns vendidos em dois anos e os 1000 espectadores que compareceram no Olympia em 21 de janeiro de 2002, tanto junto à imprensa, com várias aparições nos canais de televisão Mezzo e France 2, sobre a noite do Django D'Or (cerimônia que consagra os maiores nomes do jazz) e Victoire du Jazz (também entrega de prêmios) em 2002 na France 3. O P.J.B.B. se beneficia, há três anos, do financiamento da Fundação BNP-Paribas, da SPEDIDAM (Société de perception et de distribution des droits des artistes interprètes - Sociedade de percepção e distribuição dos direitos dos artistas intérpretes), da SELMER (primeira fábrica francesa de instrumentos de sopro) e das lojas Wood-wind & Brass-wind. Recentemente, o ministro da cultura também escolheu dar seu apoio aos projetos do P.J.B.B. no âmbito de ajuda aos grupos de jazz.

FESTIVAL INTERNACIONAL DE JAZZ DE OURO PRETO - TUDO É JAZZ

ONDE: OURO PRETO – MINAS GERAIS

QUANDO: 18, 19 E 20 DE SETEMBRO (SEXTA, SÁBADO E DOMINGO)

ENTRADA FRANCA

Mais informações sobre o Tudo É Jazz no site: www.tudoejazz.com.br

Obrigado pela atenção. Para informações adicionais e agendamento de entrevistas, favor entrar em contato com Noir Comunicação Total: (31) 3297-1013 / 3297-1014 / 9612-7229 ou através dos e-mails: noir@noir.com.br e noir@seven.com.br. Acesse o site: www.noir.com.br

Ângela Azevedo Ana Paula Valois Giovanna Ribeiro Ludmila Azevedo

(31) 9114-7229 (31) 8333-1210 (31) 9402-2075 (31) 9967-9753

Rafael Oliveira

(31) 8818-7232